MANIFESTO

MANIFESTO ANTI-CAVACO

Bastariam os tiques autoritários de Cavaco Silva ou aquela postura de salvador da Pátria para eu o rejeitar - o contacto com a história deste país levou a que tivesse alergia a este tipo de personagens. Mas há mais razões, muitas mais razões para rejeitar Cavaco Silva e ainda muitas mais para detestar o cavaquismo.

Cavaco, o ministro das finanças competente que encaixa no imaginário ruralista da direita portuguesa? Mas não foi um Cavaco que quando foi ministro das finanças revalorizou o escudo com objectivos eleitorais, obrigando o país a ir mais uma vez mendigar para a porta do FMI?

Cavaco, o presidente que velaria pelo bom desempenho do governo? Mas não foi Cavaco que teve ministros como uma Manuela Ferreira Leite na Educação, Braga de Macedo (o do oásis) nas Finanças, o Borrego das anedotas de mau gosto no Ambiente, e muitos outros que só o tempo levou a que já não façam parte do anedotário?

Cavaco, o homem que vela pelos interesses da Nação? Mas não foi Cavaco que governou em função das sondagens eleitorais, que inventou as corridas às inaugurações e os aumentos das pensões no fim dos mandatos?

Cavaco, o candidato não partidário? Mas não foi com Cavaco que todos os que eram nomeados para cargos dirigentes na administração pública eram "convidados" a inscreverem-se no PSD, para depois participarem em mega-cerimónias de boas-vindas ao partido?

Cavaco está preocupado com a situação difícil do país? Mas quando abandonou o governo não deixou as finanças públicas num estado bem pior do que o actual, em grande medida devido à nomeação do pior director-geral que passou pela DGCI? Mas a crise profunda que o país atravessa não resulta do seu modelo económico?

Cavaco quer ajudar o país? Mas não teve uma excelente oportunidade de o fazer apostando no ensino ou outros sectores como a investigação em vez de estoirar os fundos comunitários em cimento, alcatrão e automóveis de luxo para os que enriqueceram à sombra do seu poder?

Cavaco, o homem honesto? Mas não foi com Cavaco que gente que nunca foi nada na vida se transformou rapidamente em banqueira? Não foi com o cavaquismo que a corrupção, fuga ao fisco e o enriquecimento rápido se tornaram fenómenos asfixiantes do desenvolvimento do país?

Cavaco, o respeitador da democracia e da Constituição? Mas não era ele que designava todas as instituições por forças de bloqueio? Desde a Presidência da República ao Tribunal de Contas não eram todas forças de bloqueio?

Cavaco, o estadista conhecido internacionalmente? Mas alguém, além de Durão Barroso, o conhece depois de passar o IP5? Que se saiba na Europa só deverá ter uma leve ideia do ex-primeiro-ministro português a pensionista Margareth Tatcher.

Cavaco, o candidato por imperativo de consciência? Também foi por imperativo de consciência que ajudou à derrota eleitoral de Fernando Nogueira e que derrubou o governo de Santana Lopes, para que não houvesse empecilhos no caminho da sua ambição presidencial?

Cavaco? Quem não o conhece que o compre...
(Autor desconhecido. Factos conhecidos)

Comentários

Anónimo disse…
Simplesmente rídiculo, este (Des)Esperançado.
Com pele de cordeiro e dizendo que respeita muito Cavaco Silva, vai destilando veneno, insultando (tentando não dar nas vistas) e tentando denegrir a imagem de um homem (que tem com certeza defeitos como todos os humanos) sério, correcto, competente e que subiu na vida a pulso.
No dia da vitória de Cavaco Silva iremos todos festejar à tua porta.
Anónimo disse…
O Esperança a fazer textos para si mesmo, que vende como se fossem de outrem. Esperança insulta Cavaco, como o ex-combatente insultou Soares.
Todavia, de nada lhe vale. Soares vai perder, irremediavemente.
Mano 69 disse…
Hummmmmmmmmmmmm

Carlos Esperança já dá voz aos sem nome, a coisa promete.
Eu já sabia que aqui no berloque gostam de fazer a ponte para o lado que mais lhes convém, é assumido dado que até nem se escondem no armário. Mas convenhamos que o Indiana Jones de tanto escavar artefactos históricos por este andar ainda chega à China e quem diz China diz Macau, quem diz Macau diz fax, e quem escreve fax´s gosta de Melancias que como sabe são vermelhas por dentro verdes por fora, tal qual um campo de golfe…
Que bom é fazer estes exercício de desobstrução politica em que uma pessoa, no fim, sente-se muito mais leve depois de soltar a bílis…
Mano 69 disse…
ADENDA

Este artigo de opinião não terá sido escrito por Mário Soares? É que o homem anda sempre a dizer desde que deixou a politica activa “escrevi um artigo sobre isso”…

Escreverei até que a pena me doa ou então a gota, das duas três!
Anónimo disse…
Amanhã há sondagem no Expresso!!!
Dúvida maior: será que Soares chega aos 20 por cento?

(Se chegar aos 20%, comprova-se a teoria dos "4% ao mês". Soares começou a campanha em Agosto...)

As eleições são já a seguir.
É que é já a seguir!
Francisco disse…
Excelente: objectivo, conciso e realista.
Este "Manifesto" é antológico.
Depois de ler tantos "posts" contra Cavaco Silva, em inúmeros sites e blogs, este é aquele que sintetiza com clareza, inteligência e recorrendo a ARGUMENTOS CONCRETOS, a falácia do mito cavaquista.
Definitivo!
Só tenho pena de não ter sido eu a escrevê-lo!
Mano 69 disse…
Olha, olha um chico... esperto!
Anónimo disse…
Ridículos estes comentários destes anónimos. Abram os olhos!
Anónimo disse…
Pela minha parte estou descansado. OCavaco já não me f... nem a mim nem ao País. Porquê? Porque é impotente. A maleita da prostata não perduou.Deixem o homem em paz.
Anónimo disse…
Ho! Ho! Ho!
Anónimo disse…
Cavaco não ganha!
Alegre não pode ganhar!
Jérónimo perdeu
Lousã nuca vencerá!

Isto é, segundo a teoria do "Xô Guarda dexaparexa! " (Soares) ninguém tem experiência de Presidente para se poder candidatar!
Isto é:
Só podem ser elegiveis:
Ramalho Eanes e Mário Soares (livre-nos Deus!).
Te teoria tão apalhaçada!...
Anónimo disse…
Cavaco NÃO definitivamente!

CONTRA ELE E O QUE ELE REPRESENTA ATE AO FIM!!!
Só no dia 23 se contam os Voto caros concidadãos...

Não se entusiasmem em demasia.
Mas vamos à luta!!!
Anónimo disse…
daí o timbre "castrati"...
Anónimo disse…
A velha esquerda de Alegre e Soares

O debate televisivo entre Mário Soares e Manuel Alegre foi o retrato, a preto e branco, da uma esquerda socialista ultrapassada pelo tempo, com ajustes de contas por saldar e sem nada de novo para dizer ao país. Nenhuma ideia para combater o medíocre desenvolvimento português, para inverter o atraso que nos distancia do resto da Europa, para abrir caminhos de futuro.

Com o decorrer da campanha e a presença nos debates, a candidatura de Manuel Alegre tem vindo a perder gás. Alegre começara em alta esta sua aventura presidencial: pela onda generalizada de solidariedade e simpatia suscitada pela forma como a sua candidatura fora tratada por Mário Soares e pelo PS; pela sua idealista cruzada à margem dos aparelhos partidários; pelo reconhecimento da sua carreira como destacado valor da literatura portuguesa e como político fundador da democracia. Daí o segundo lugar que começou por ocupar nas sondagens, para surpresa de muita gente. E, em particular, de vários dirigentes do PS e do núcleo soarista, que começaram por desvalorizar sobranceiramente a sua candidatura alternativa.

Mas a falta de apoio partidário, de uma máquina profissionalizada no terreno, tem colocado a sua campanha na sombra, no fundo do palco mediático. E, por outro lado, como se tem visto nos debates e entrevistas, falta a Manuel Alegre um discurso articulado e profundo. O candidato, que nos últimos anos sempre colocara a actividade política em segundo plano, surge impreparado, apenas conhece muitas das matérias pela rama, ficando aquém dos argumentos de opositores como Louçã ou Cavaco, comete lapsos e acumula contradições. A autoritária intensidade da voz não é acompanhada pela superficialidade do discurso e a leveza com que aborda a maioria dos temas em debates.

A cada dia e a cada debate que passa, a sua candidatura tem vindo a perder peso e a deixar erodir a sua base de apoiantes. Alegre arranjou, para disfarçar o vazio generalista e abstracto do seu discurso, algumas bandeiras laterais ao cargo presidencial (como a oposição feroz à privatização das águas e da rede eléctrica), repescou o conceito de pátria e juntou o tema da cidadania exercida à margem dos partidos. É pouco. E pouco entusiasmante.

Optando por uma linha de intervenção moderada e dirigida ao eleitorado central, Alegre tem apresentado, nas entrevistas e debates, uma imagem de simpatia e cordialidade. Mas falhou o discurso para o eleitorado de esquerda, fica pouco do que diz, não tem sido marcante no contraste com os adversários. E, sem aparelho e com poucos meios, era quem mais precisava de o ser. Para consolidar e assegurar a sua precária liderança à esquerda nas sondagens.

Já Mário Soares entrou nesta campanha eleitoral com duas frentes simultâneas de batalha. À direita, contra a fortíssima probabilidade de Cavaco Silva vencer logo à 1ª volta. À esquerda, contra a inesperada dimensão que a candidatura de Alegre assumiu, relegando-o a ele, «candidato oficial» do PS e venerando pai da esquerda, para o terceiro lugar das sondagens.

Esta dupla frente de batalha tem-no forçado ao papel, pouco condizente com o estatuto que adquiriu, de ter que falar de baixo para cima. De estar constantemente a atacar Cavaco e Alegre, em vez de falar para o país e do país. Como se viu no debate com Alegre, Soares menoriza-se, lança farpas e remoques constantes no meio de um discurso repetitivo e pouco fluente.

Mário Soares tem o mesmo discurso de há 10, de há 15, de há 20 anos. Mais empastelado e um pouco mais radical no que respeita ao alinhamento internacional, aos EUA, à NATO. Em certos momentos, chega a ser confrangedor pelo tom de cartilha e pelo amontoado de lugares comuns.

Soares e Alegre juntos deixam fugir, nas intenções de voto da generalidade das sondagens, 10% a 15% dos votantes que José Sócrates congregou em 20 de Fevereiro. O que significa que Cavaco Silva, além de fazer o pleno do eleitorado de direita e centro-direita, vai captar um em cada três eleitores do PS em Fevereiro último. A velha esquerda de Soares e Alegre vale, hoje, bem menos do que a nova esquerda de Sócrates.

Cónica de José A. Lima no Jornal Expresso


E mais nada! É só o que tenho a dizer.

Força Cavaco!
Anónimo disse…
MENTIROSO!!!!
Anónimo disse…
Quem tivesse escutado a conversa do dono deste blog com um advogado que vai muitas vezes à tv, no final de um debate na semana passada não poderia acreditar no que aqui está escrito.
Anónimo disse…
Se andas a escutar as conversas dos outros és um bufo ou filho de bufo. Filho da puta és concerteza.
Anónimo disse…
Bem dito, caro Esperança.

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