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A FRASE
Por
Carlos Esperança
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A descolonização trágica e a colonização virtuosa
Por
Carlos Esperança
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Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Um excelente retrato das assimetrias nacionais e, se quisermos aprofundar, regionais.
A chamada “Província” pondo a nu grandes dificuldades. A demonstração que as “Novas Oportunidades” não chegam, do mesmo modo - e para os diferentes parâmetros(económicos, sociais e culturais - a todo o lado.
Igual situação para os bairros periféricos de grandes cidades (EB/S Cerco) onde tudo falta mas sobejam as dificuldades – económicas, habitacionais, etc.
Alentejo, Douro, Beira Interior (serrana) estendendo-se até à raia (EB23/S Dr.J. Casimiro Matias, em Almeida), na cauda do pelotão…
Estes rankings são um autêntico atentado e um exemplo acabado de como não devem ser analisadas – e muito menos escalonadas - as EB/S’s.
Ou são a constatação prática de como algumas Escolas, por não usufruírem das condições mínimas pedagógicas, de aprendizagem, apoio educativo, de lazer, têm enormes dificuldades em EDUCAR.
São a expressão por frios números das terríveis situações de chegar a casa, não dispor de conforto, nem comodidades e, para agravar a situação, a família não ter capacidade de instrução própria para ajudar no trabalho escolar.
São as desigualdades sociais, geográficas e económicas que não permitem desfrutar de “explicadores” para tudo o que é matéria curricular...e, depois, vão todos "entrar" em Medicina ou Arquitectura ou no curso que estiver a "dar".
É como organizar uma prova automobilística entre Lisboa e Porto entre dois concorrentes. Um sentado ao volante de um Fiat Uno a desfazer-se, outro num Porsche do último modelo.
É como querer analisar o desenvolvimento económico da País só por um índice, p. exº., pela taxa de desemprego.
É, como diz o povo, tentar meter o Rossio na betesga.
Etc.
O que andamos nós a comparar?
O que quer o Ministério da Educação demonstrar?
Que vai investir no esbatimento destas (já mais do que conhecidas) assimetrias?
Ou, só quererá traumatizar as crianças e adolescentes que, por caprichos da vida, são obrigadas a frequentar estas Escolas?
Saberá o autor destes rankings o que é uma criança dizer a outra: a tua Escola "não presta", os teus professores "não sabem ensinar", estás numa das 10 últimas!
Só concebo a realização destas “rankings” como um mero indicador para construir um esclarecido discernimento governativo das prioridades de investimento na Educação.
Onde, como e quando…
Não para o espalhafato mediático que, ontem, assistimos, p. exº., na TV.
Uma situação psicologicamente traumatizante para milhares de crianças deste País.
E, para completar, infame para todos os educadores que nestas circunstâncias dão o seu melhor.
Só falta colocar-lhes “orelhas de burro” e exibi-los na praça pública.
publicada na totalidade entre outros sites, neste:
http://emrc-aveiro.blog.com/776022/
No país dos choques tecnologicos, simplexs e rankings de escola(talvez ajude a compreender melhor o ranking de escolas!)