Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
O Mundo já percebeu que dispensa Bush.
Raramente um presidente acaba um mandato politicamente tão vilipendiado.
De qualquer maneira, o G7+1 comprometeu-se mais do que era esperado com a Wall Street.
Pouco, ou nada, adiantou em relação aos expoliados desta crise - o povo anónimo americano que vive modestamente ou com dificuldades.
A reunião de amanhã entre os 27 países europeus é tão importante como a de ontem em Washington. Ou, para nós nesta ocidental praia lusitana, ainda mais. A cooperação na UE está em estado embrionário.
Esperemos que aproveitem alguma da dinamica do G7.
E decorre sem Bush, mas com alguns dos seus fantoches (como Durão Barroso, Lech Kaczynski e, porque não, Sarkosy?).
Um dia importante para o futuro (próximo) da Europa.