Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
A morte de um ser humano não é solução para nada.
Caso contrário ainda estavamos com a pena de morte à perna...
Acho a tirada post dúbia em termos humanitários. Não a teria usado.
A Carinthia vai continuar a ser governada por seguidores de Haider (neo-nazi confesso), e este drama, até pode voltar a conslidar o partido a nível nacional, criando problemas à Europa, idênticos aos do tempo de Guterres (presidente da UE).
Não foi mesmo solução, nunca é.
A Áustria tem antecedentes nazis que a levaram a receber os exércitos de Hitler em verdadeira euforia e com o apoio unânime da Conferência Episcopal.
Foi conveniente por razões geopolíticas considerar a Áustria um país invadido por Hitler e, por isso, não se fez o julgamento e a profilaxia do nazismo pós-guerra.
Até houve um presidente nazi.
O post é a desoladora verificação do caminho fascizante da Áustria que a crise em curso agudiza.