Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
A morte de um ser humano não é solução para nada.
Caso contrário ainda estavamos com a pena de morte à perna...
Acho a tirada post dúbia em termos humanitários. Não a teria usado.
A Carinthia vai continuar a ser governada por seguidores de Haider (neo-nazi confesso), e este drama, até pode voltar a conslidar o partido a nível nacional, criando problemas à Europa, idênticos aos do tempo de Guterres (presidente da UE).
Não foi mesmo solução, nunca é.
A Áustria tem antecedentes nazis que a levaram a receber os exércitos de Hitler em verdadeira euforia e com o apoio unânime da Conferência Episcopal.
Foi conveniente por razões geopolíticas considerar a Áustria um país invadido por Hitler e, por isso, não se fez o julgamento e a profilaxia do nazismo pós-guerra.
Até houve um presidente nazi.
O post é a desoladora verificação do caminho fascizante da Áustria que a crise em curso agudiza.