Abel Salazar e Miguel Portas

Abel Salazar foi um médico notável, excelso professor, investigador, pintor e resistente ao regime salazarista português. A personalidade multifacetada, de cientista, cidadão e artista, tornou-o uma das mais prestigiadas figuras da primeira metade do século XX em Portugal.

A repressão salazarista encontrou nele uma vítima a abater, um professor universitário a demitir, um cidadão a perseguir. A sua morte foi uma perda sentida pelos democratas e chorada pelos alunos a quem a ditadura privou do seu magistério e pelos trabalhadores que sentiram nele um aliado.

O Prof. Ruy Luís Gomes, ilustre matemático que o fascismo demitiu da Universidade, na vindicta contra os intelectuais e a democracia, foi o autor da oração fúnebre, no funeral de Abel Salazar, discurso que lhe custaria bárbaras agressões da Pide à saída do cemitério.

Disse Ruy Luís Gomes do seu colega precocemente falecido, durante o funeral, na cidade do Porto: «O Abel morreu, o Caim está vivo», o que lhe valeu o rancor e a vingança da polícia fascista.

A morte do eurodeputado Miguel Portas foi uma perda para a democracia e a cultura. Apesar de esperado, o seu falecimento foi um choque para quem estimava o intelectual e o combatente da liberdade. Viveu depressa mas deixou como património o exemplo de quem, não se movendo por interesses, se sacrifica por ideais. Vamos sentir a sua falta.

Por que motivo me terá ocorrido o episódio de Abel Salazar no desaparecimento de Miguel Portas?

Comentários

É que "Cains" há muitos, ó Barroco!
nã sey o filho do reytor da universidade de coimbra Ruy fez uma carreira no regime de 1926 a 1947 dizem as más línguas que a demissão resultou também de lutas internas entre departamentos da universidade do pinto da costa

cousa inaudita nos dias de hoje

processos disciplinares a professores de matemática hoje só em escolas secundárias como a de sampaio em sezimbra

por atitudes impróprias na sala de aula após dezenas de anos a dá-las
são cousas se calhar tamém tinha uma aluna muito sua que foi presa por uns tempos pela pevide...
De que maneira, caro Carvalheira. Abraço.
e Abéis SALAzares...

salazares inda há mais

e é tutto prof. unibersitário...

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