Abel Salazar e Miguel Portas
Abel
Salazar foi um médico notável, excelso professor, investigador, pintor e
resistente ao regime salazarista português. A personalidade multifacetada, de
cientista, cidadão e artista, tornou-o uma das mais prestigiadas figuras da
primeira metade do século XX em Portugal.
A
repressão salazarista encontrou nele uma vítima a abater, um professor
universitário a demitir, um cidadão a perseguir. A sua morte foi uma perda
sentida pelos democratas e chorada pelos alunos a quem a ditadura privou do seu
magistério e pelos trabalhadores que sentiram nele um aliado.
O
Prof. Ruy Luís Gomes, ilustre matemático que o fascismo demitiu da
Universidade, na vindicta contra os intelectuais e a democracia, foi o autor da
oração fúnebre, no funeral de Abel Salazar, discurso que lhe custaria bárbaras
agressões da Pide à saída do cemitério.
Disse
Ruy Luís Gomes do seu colega precocemente falecido, durante o funeral, na
cidade do Porto: «O Abel morreu, o
Caim está vivo», o que lhe valeu o rancor e a vingança da polícia fascista.
A
morte do eurodeputado Miguel Portas foi uma perda para a democracia e a
cultura. Apesar de esperado, o seu falecimento foi um choque para quem estimava
o intelectual e o combatente da liberdade. Viveu depressa mas deixou como
património o exemplo de quem, não se movendo por interesses, se sacrifica por
ideais. Vamos sentir a sua falta.
Por
que motivo me terá ocorrido o episódio de Abel
Salazar no desaparecimento de Miguel
Portas?
Comentários
cousa inaudita nos dias de hoje
processos disciplinares a professores de matemática hoje só em escolas secundárias como a de sampaio em sezimbra
por atitudes impróprias na sala de aula após dezenas de anos a dá-las
são cousas se calhar tamém tinha uma aluna muito sua que foi presa por uns tempos pela pevide...
salazares inda há mais
e é tutto prof. unibersitário...