Citação


O mundo seria muito mais pacífico se todos fôssemos ateus 
(José Saramago)

Comentários

e-pá! disse…
Como dizia Bonaparte:
"Guerras religiosas são, basicamente, pessoas matando-se para decidirem quem tem o melhor amigo imaginário...
Mario Neiva disse…
Todos têm direito ao seu disparate. Este é um, e dos grandes, de Saramago. Só um olhar muito superficial permite fazer aquela afirmação. Toda a gente vê que a Europa está a ficar "ateia". Deus resiste como reminiscência, numa sociedade que quer construir o paraíso "aqui e agora". Só "vai a Fátima" quando a farmácia não tem o remédio. Para esta Europa, Deus é uma hipótese académica, "algo" para além do que conhecemos, mas longe de ser a motivação para a vida.
Outra coisa é a religião e os seus deuses serem explorados pelos espertalhões para domesticar as massas mantidas na ignorância e na opressão.
O erro trágico, autêntico jackpot do euromilhões para o capitalismo, foi a colagem do marxismo ao ateismo científico e filosófico, insultando a reverência ancestral dos humanos pelo "desconhecido", o qual, quer no imaginário, quer no sentimento e na percepção, permanece como ùltimo recurso e última esperança, quando tudo falha nas espectativas do homem.
Custa ver tanto primarismo num prémio Nobel da literatura.
Mário Neiva:

Há certamente mais primarismo nos fabricantes de milagres que alimentam a indústria da santidade.
Mario Neiva disse…
Perfeitamente de acordo, Carlos Esperança, mas não são prémio Nobel.
Mario Neiva disse…
Se puder, Carlos Esperança, cite-me uma única referência de Saramago condenando o uso criminoso de Deus na "guerra santa" islâmica, para matar "infiéis", num retrocesso civilizacional sem paralelo no mundo cristão, por exemplo.
E depois: as últimas duas grandes hecatombes, as guerras mundiais, tiveram motivações religiosas ou "laicas". E os grandes impérios antigos tiveram motivações religiosas ou os deuses eram,na verdade, apenas invocados como protectores das campanhas militares?
Saramago devia considerar estes factos e não fazer aquela generalização que não tem suporte na história humana.
Mario Neiva:

O nazismo, sendo embora um fenómeno secular, deve muito ao anti-semitismo cristão. Não foi por acaso que o clero protestante e católico forneceu, na sua imensa maioria, os atestados de batismo dos crentes. Por exclusão, encontraram esse «ninho de víboras» (judeus) assim designados, na Bíblia e por Hitler.

E o nazismo, racista e xenófobo, esteve na origem da guerra.

Quanto ao fascismo islâmico não me recordo de Saramago o ter referido mas engloba-o na frase que citei, tal como ao sionismo.

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