O feitiço virou-se contra a ‘feiticeira’…
Angela Merkel ‘ cavou ’ (tentou aprofundar) um perigoso fosso entre os povos europeus, nomeadamente, quando apareceu na ribalta a condenar e a exorcizar atitudes perdulárias e despesistas dos insolentes povos do Sul (da Europa). Não quis compreender as assimetrias de desenvolvimento (uma palavra banida do discurso político) ditadas por questões políticas estratégicas e fiscais e, concomitantemente, não conseguiu valorizar os custos de uma ampla integração europeia (antes perverteu-os). Para a chanceler alemã, a coesão no espaço europeu tornou-se um conceito espúrio que – em última análise - não significa mais do que a eventual extorsão do contribuinte alemão. Esta a dimensão e a escolha política dominante em Berlim. Certo, que a difícil situação vivida na Europa, com especial relevo na Zona Euro, deve-se a erros políticos regionais e/ou nacionais, que se arrastaram por muito tempo, e tiveram reflexos na sustentabilidade dos Estados. Tiveram origem em descontrolos orçamentais