A MONARQUIA, A TRADIÇÃO E A TRAIÇÃO


A vetusta soberana inglesa, líder do anglicanismo, foi internada no hospital por causa de uma gastroenterite. A família real tem no silêncio e na liturgia do cargo, aliciante para o turismo, os melhores aliados. A simpatia com o nazismo foi esquecida e os escândalos que alimentam os jornais especializados servem os interesses da Coroa.

Em Espanha, o rei a quem o genocida Francisco Franco endossou o poder, depois de o educar dentro dos mais arcaicos princípios, teve a sorte de ser atirado para a democracia e manteve o trono. Os pecados maiores, do domínio público, devem-se às hormonas e às companhias de conduta duvidosa. Até Dias Loureiro é das relações da Casa Real graças ao sangue azul que lhe corre nas veias através da transfusão de euros da SLN/BPN.

A operação a uma hérnia, «plenamente satisfatória», segundo o comunicado clínico, vai retê-lo de baixa ,entre dois a seis meses, sem que faça falta ao país onde os escândalos do partido do Governo ultrapassam os da Casa Real.

A monarquia começa a ser contestada pela Espanha que, através dela, fez a transição do fascismo para a democracia. Aliás, um dos genros do rei e a respetiva filha deram, com a apropriação de fundos públicos, uma excelente ajuda à República. O próprio rei tem contribuído largamente para o descrédito da obsoleta instituição.

A Espanha há de acordar para a República, derrubada pelo implacável ditador ibérico, com o apoio de Hitler, Salazar e hordas fascistas, todos abençoados pelo Vaticano que concedeu à insurreição a «honra» de Cruzada. Foi no ódio à República que germinou a Opus Dei, amiga do peito do generalíssimo Franco e de posteriores ditaduras.

A doença do velho rei não é motivo de regozijo mas a decadência da monarquia é motivo de esperança.

Comentários

e-pá! disse…
O antepassado de Juan Carlos (Afonso XIII) caíu com Primo de Rivera.
As circunstâncias históricas são diferentes mas não seria tolo pensar que o actual rei possa cair com Mariano Rajoy...
O seu antecessor foi forçado a partir para o exílio quando o presidente do conselho estava ocupado por um homem chamado Aznar (no caso almirante).
Aznar (o 'outro') não está presentemente no governo mas a sua 'sombra' paira por lá.
Pode ser uma coincidência ou um imperscrutável sinal...

Mensagens populares deste blogue

Divagando sobre barretes e 'experiências'…

26 de agosto – efemérides