Qualquer coisa de negro, de 'muito negro’

O deputado Luís Montenegro tem sido – no Parlamento e na comunicação social – um incansável, prolixo e assanhado ‘trauliteiro’ ao serviço do PSD, na defesa deste Governo.

Frequentemente, nas recorrentes intervenções em ‘defesa da honra’ de Passos Coelho, mais se assemelha a um 'capanga' do que um político.

Para o líder parlamentar do PSD o Governo é puro e imaculado sendo isento de quaisquer erros. Tudo o que já aconteceu - e o que poderá vir a acontecer - sofre sistematicamente de um ‘pecado original’: o Governo de José Sócrates!

Confrontado recentemente com os clamores de uma remodelação governamental afirmou que Pedro Passos Coelho “nunca fará mexidas no Governo em função do grau de contestaçãolink
Trata-se de um chavão recorrente dos políticos para usar na praça pública: ‘não decidir sob pressão’.

Este político que – como era de esperar no actual contexto – começa pela JSD de Espinho (94-96), daí transita pela autarquia (1997-2001), para chegar a deputado pelo círculo de Aveiro (2002-…) e a vice-presidente do PSD no consulado Passos/Relvas, é useiro e vezeiro na técnica de tentar ‘tapar o sol com a peneira’.

Fala da contestação como se fosse uma coisa irreal, vinda do 'além'. Elege a oportunidade como uma inultrapassável ferramenta política e um insofismável critério da verdade. A sua especialidade é endossar responsabilidades (para os 'outros').

Não entende a contestação. No seu entender é tudo ‘ruído’. O clamor dos indignados, as lutas sindicais, a censura das Oposições, a crispação social, a miséria, etc., não fazem – nem têm de fazer - parte da agenda do Governo. São – no seu entender – meras perversões democráticas ou pressões ilegítimas,  ‘bloqueios’ à governação.

Na sua obstinação recusa admitir que o fogo já entrou pelas portas das traseiras link. Continua a apontar para a eventualidade de ‘inimigos’ poderem estar a provocar uma tempestade artificial em redor do ‘seu’ quintal e não se apercebe que a sua própria casa já está a arder. Inconformado, prefere esbracejar na janela, enquanto insulta os ‘bombeiros’ que – de todo o lado - tentam acorrer ao desastre.
Enfim, são estes os políticos que temos...

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