Momento de poesia






Dois de Março, contra a troika…

Quero dizer-te, meu amor:
Hoje, no Terreiro do Povo,
no meio de um vulcão de emoções
com a raiva nos dentes e um cravo na mão
gritei, cantei e chorei
por mim, por ti,
e por todos aqueles
que ergueram barricadas de nuvens
derrubando os muros do silêncio…
e libertei o poema, soltando-o ao vento
antes que a esperança se apague
e a minha mão desfaleça…
E eu era um, entre muitos,
cantando a heróica canção
e plantei o meu cravo
num canteiro daquele chão.

Alexandre de Castro

Lisboa, 2 de Março de 2013

Comentários

Graza disse…
Não podia ter-nos dito melhor da forma como viveu aquele dia. Parabéns.

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