Notas Soltas – maio/2019
Espanha – Uma
freira foi vista a trocar os boletins de voto de anciãs deficientes, em Bilbao,
a favor do PP, nas últimas eleições. A Junta Eleitoral de Biscaia comunicou à
Justiça a atuação da religiosa, apanhada em flagrante por apoiantes do Podemos.
Coimbra – Docentes
da Faculdade de Letras (UC) manifestaram “inteiro repúdio e total rejeição” ao
carro alegórico “Alcoholocausto” de finalistas de História, por banalizarem a
História e os ‘carroceiros’ espalharam panfletos de teor fascista. Conduta
abominável!
Crise Política –
A ameaça de demissão do PM, por não poder acomodar no Orçamento os encargos
resultantes da contagem de tempo integral aos professores, obrigou o PSD e o
CDS a recuarem, deixando a nu o oportunismo eleitoral da sua primeira votação.
Turquia – A
repetição das eleições autárquicas em Estambul, perdidas pelo partido de
Erdogan, foi decisão da comissão eleitoral afeta ao autocrata, que não aceitou a
derrota. O despotismo do PR destruiu a independência do poder judicial e o
Estado de direito”.
Opus Dei – A
prelatura predileta do papa João Paulo II, dominou a lista autonómica do Vox ao
Parlamento de Navarra. A sua Universidade e o centro fundado por Escrivá de
Balaguer são incubadoras de quadros da extrema-direita.
Islamismo – A
paquistanesa cristã, Asia Bibi, foi libertada e seguiu para o Canadá, após oito
anos no corredor da morte, por blasfémia, perante o protesto dos islamitas.
Quando uma religião odeia as crenças divergentes perde o direito ao respeito e à
sua defesa.
Queima das Fitas
– Em Coimbra e Porto a boçalidade não foi uma exceção que atingiu o auge, é a
constante que se repete no ritual de degradação que se acentua em cada ano que
passa, contagiando outros centros universitários.
Reino Unido – A estranha
disputa de eleições europeias, pelo país que está de saída, foi o resultado das
confusões que criou, com partidos divididos, eleitorado partido ao meio e a
incerteza a pairar no futuro dos dois lados do Canal da Mancha.
EUA – A ameaça da
administração Trump às decisões comerciais e militares da União Europeia é
ingerência na soberania dos países que a integram e chantagem descarada de quem
não respeita acordos e exige a submissão da Europa.
Polónia – A
história trágica deste país está a ser reescrita pela direita católica
integrista, hostil ao Estado de direito e ao europeísmo, na negação feroz da
sua cumplicidade com o nazismo e os crimes antissemitas.
Igreja católica –
Conhecido o azedume do cardeal Clemente ao Papa Francisco e a sua postura
reacionária só surpreendeu porque, sendo presidente da CEP, sugeriu o voto na
coligação fascista BASTA. Nem o PSD tolera! Basta de tolices pias.
S. N. S. – O
acidente rodoviário de Santana Lopes, sem consequências graves, mostrou a
rapidez, dedicação e eficácia do SNS, que o seu “Aliança” considera «pura
ideologia demagoga socialista» e «…ilusão do ‘direito universalista” à saúde…».
Áustria – O
chanceler Sebastian Kurz, do partido conservador ÖVP, a governar com o partido
de extrema-direita FPÖ, pôs fim à coligação, após o vice-chanceler e líder do FPÖ,
Heinz-Christian Strache, ter sido visto a negociar um suborno, gravado em vídeo.
Justiça – As penas
a 8 polícias de Alfragide por agressões, sequestro, injúrias e racismo não puniram
quem corre riscos para defender pessoas e bens, foi um aviso aos que usam violência
excessiva e desprezam o Estado de direito que a sentença protege e dignifica.
Polícia – A
candidatura dos agentes da PSP Peixoto Rodrigues, presidente do Sindicato
Unificado da Polícia, e Pedro Magrinho, líder da Federação Nacional dos
Sindicatos da Polícia, pela coligação Basta, racista, homofóbica e xenófoba, é perturbadora.
Índia – O
primeiro-ministro Modi revalidou o mandato com uma retumbante vitória. O reforço
do nacionalismo hindu desfez a oposição e a Dinastia Gandhi, assusta a minoria
muçulmana e consolida o papel de líder global do PM.
Eleições europeias
– A derrota da direita foi profunda e levará à guerrilha interna, mas Nuno Melo
e Cristas foram os mais humilhados, e a presidente do CDS, a “alternativa ao PM”,
não poder aspirar a mais do que ser a frágil muleta do PSD.
Rui Rio – Não
merecia tamanha derrota, mas a aprovação da campanha trauliteira e do regresso
de Passos Coelho, Marco António e Filipe Meneses, só faltou Cavaco, associa-o
ao pior passado do partido e impede-o de reconduzir o PSD à matriz fundadora.
Santana Lopes – Surpreendeu
o rápido apagamento do Menino Guerreiro, fadado para grandes batalhas, a
esvair-se numa briga. Quem liderou um PSD, bem maior do que saiu das eleições
europeias, teve a resposta que a traição merece.
CDS – Entre a
direita civilizada de um conservador urbano, Adolfo Mesquita Nunes, e o
arruaceiro Nuno Melo, Assunção Cristas apoiou o segundo e preparava o regresso
de Manuel Monteiro. Na mudança de rumo que anuncia leva colado o rótulo de
extremista.
União Europeia –
O crescimento dos partidos ecologistas é uma vitória para o futuro do Planeta,
mas o triunfo dos partidos de extrema-direita é o regresso à década de trinta
do século passado, a lembrar a tragédia em que lançaram a Europa e o Mundo.
Estado – A
remuneração dos juízes-conselheiros, superior à do PM, é a subversão do Estado
de Direito e a quebra do valor simbólico da hierarquia que o define. É a cedência
vergonhosa do poder político à politização judicial que só o PSD de Rui Rio
contesta.
António Guterres
– O secretário-geral da ONU, grande referência ética e humanista, e denodado
defensor da paz e dos direitos humanos, apelou a “uma Europa forte e unida” ao
receber o prémio Carlos Magno que tão justamente mereceu.
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