A mulher e as religiões


Que demência misógina levou os patriarcas tribais da Idade do Bronze a impor a metade da Humanidade a subalternidade que castigou a mulher durante milénios e que, ainda hoje, 72 anos depois da Declaração Universal dos Direitos Humanos, persiste? Não lhes ocorreu que ninguém é livre se alguém for escravo.

O que surpreende é a condescendência com a alegada vontade divina, a manutenção dos preconceitos que impuseram a infelicidade e indizível sofrimento das mulheres, como se os algozes não fossem filhos, irmãos, pais e avós das vítimas que querem perpetuar.

O mais implacável dos monoteísmos é o paradigma do despotismo e do desprezo contra quem dá aos homens a vida e o amor, e lhes garante a eternização do ignóbil privilégio. 

Comentários

Wall disse…
A função da igreja é de perpetuar com o poder que ela tanto lutou para conseguir nos anos 400 d.C. Manter o sistema da forma como ele se encontra, mesmo que punitivo e cheio de falhas torna-se um dever de quem quer perpetuar no poder por mais alguns séculos. Gostei do texto e das reflexões propostas nele.

https://wallsbooks.blogspot.com

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