São josemaria – 45.º aniversário do seu passamento

Há 45 anos faleceu monsenhor Josemaria Escrivá, indefetível apoiante do genocida Francisco Franco e fundador do Opus Dei, apoiante dos negócios políticos de João Paulo II, que levaram à falência fraudulenta do banco Ambrosiano e à criação de centenas de santos em Espanha, todos mártires do mesmo lado da guerra civil.

Teve uma vida ao serviço de Deus e do fascismo, acompanhou as tropas sediciosas a Madrid, e os seus devotos, a quem indicou o caminho, levaram à falência os impérios Matesa e Rumasa, para maior glória da prelatura e benefício dos desígnios do Monsenhor.

Mal refeito da defunção, fez três milagres, mais um do que era necessário para a santidade. O primeiro foi no ramo da oncologia, a uma freira, prima de um ministro de Franco, que morreu curada. Está nos altares e deixou um exército de prosélitos, apto a enfrentar o Islamismo e a subsidiar o Vaticano, onde, depois de dois pontífices amigos, o Espírito Santo iluminou mal os cardeais do consistório e lhes negou o terceiro.

Fundador de uma das mais reacionárias seitas católicas, usava o cilício como prova de amor ao deus que defendeu o generalíssimo, a monarquia, o catolicismo e o garrote, em Espanha.

O 25 de Abril, em Portugal, abalou-o na fé e na saúde. As eleições livres de 1975 só o deixaram viver mais dois meses. Também Franco, ditador até ao último sacramento, morreria menos de 5 meses depois do ora santo, bem confessado, melhor comungado e excelentemente ungido e cerimoniado, com o povo de rastos e a cumprir de joelhos as suas últimas vontades, quanto ao regime de Espanha e ao destino do cadáver.

Apostila - Este texto foi escrito há dois anos, mas não escreveria hoje outro melhor para comemorar 45 anos de gloriosa defunção do taumaturgo.

Comentários

Luccas Neto disse…
Acabei de ler seu post e achei interessante comentar, belo post.
Whatsapp do Tirulipa
Dulce Oliveira disse…
Há cerca de 20 anos, uma dissidente da OD, espanhola e de boas famílias (como convém), escreveu um livro muito interessante em que desmascarava toda esta máquina.
É um belíssimo documento em que descreve todo o processo e percurso duma mulher que largou tudo em prol dela.
Nunca mais ouvi falar nem do livro nem da autora que se chamava (salvo erro) Maria del Carmen Tapia
Jaime Santos disse…
Até lhe fizeram um filme 'There be dragons'... Foi um flop...

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