Valor da imagem
A justiça histórica – 1
Há imagens que, no seu simbolismo, são a reparação da iniquidade, a sentença que não foi lavrada, a justiça tardia que as circunstâncias não permitiram em tempo oportuno. Esta imagem é a linha que separa a repressão da liberdade, a democracia da ditadura, o déspota ilegítimo dos governantes que se sujeitam ao escrutínio eleitoral.
A foto de Eduardo Gajeiro regista, na apoteose do seu simbolismo, a justiça póstuma ao ditador, uma espécie de bálsamo para as feridas que dilaceraram o País durante décadas e cuja cicatrização se tornou impossível para as famílias dos perseguidos, humilhados, torturados, feridos e assassinados nas masmorras da ditadura ou mortos e estropiados na guerra colonial.
A justiça histórica – 2
Em Espanha não foi possível julgar o genocida Francisco Franco e é difícil ainda julgar o rei que foi o rei da corrupção, o iniciador de uma dinastia não sufragada que o ditador impôs ao seu País, depois de formatado nas alfurjas do regime e no respeito ao déspota que o julgou apto a perpetuar-lhe a maldade e a cleptomania.
Juan Carlos dificilmente fará companhia ao genro, apesar de ser o grande recebedor das comissões indignas e o rei das fugas do dinheiro da corrupção para paraísos fiscais, mas a Foto EPA – Jesus Diges ficará para a História como o julgamento em vida do sucessor do déspota que morreu impune e bem sacramentado.
Há imagens que, no seu simbolismo, são a reparação da iniquidade, a sentença que não foi lavrada, a justiça tardia que as circunstâncias não permitiram em tempo oportuno. Esta imagem é a linha que separa a repressão da liberdade, a democracia da ditadura, o déspota ilegítimo dos governantes que se sujeitam ao escrutínio eleitoral.
A foto de Eduardo Gajeiro regista, na apoteose do seu simbolismo, a justiça póstuma ao ditador, uma espécie de bálsamo para as feridas que dilaceraram o País durante décadas e cuja cicatrização se tornou impossível para as famílias dos perseguidos, humilhados, torturados, feridos e assassinados nas masmorras da ditadura ou mortos e estropiados na guerra colonial.
A justiça histórica – 2
Em Espanha não foi possível julgar o genocida Francisco Franco e é difícil ainda julgar o rei que foi o rei da corrupção, o iniciador de uma dinastia não sufragada que o ditador impôs ao seu País, depois de formatado nas alfurjas do regime e no respeito ao déspota que o julgou apto a perpetuar-lhe a maldade e a cleptomania.
Juan Carlos dificilmente fará companhia ao genro, apesar de ser o grande recebedor das comissões indignas e o rei das fugas do dinheiro da corrupção para paraísos fiscais, mas a Foto EPA – Jesus Diges ficará para a História como o julgamento em vida do sucessor do déspota que morreu impune e bem sacramentado.
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