Glória a Frei Galvão, parteiro e santo – 1.º santo brasileiro
Em 2006 o Vaticano divulgou o segundo milagre do primeiro santo brasileiro
Frei Galvão ultrapassou o padre Cícero na maratona da santidade. O P.e Cícero Romão Batista tinha mais alta cotação na Bolsa da Fé, e as ações de Frei Galvão ultrapassaram-no com o anúncio da adjudicação de dois milagres pelo Vaticano.
O Brasil, apesar da fé que os portugueses levaram com a varíola e a sífilis, nunca tinha criado um santo. Há terrenos mais férteis, destacando-se a Itália com toneladas de ossos de taumaturgos, relíquias fétidas a carecer de incineração, para defesa da saúde pública, e santos detritos com cheiro a incenso e mofo.
A Pátria de Jorge Amado foi finalmente distinguida com um santo que interferiu num parto depois de ter morrido em 1822. Os obstetras estão obsoletos, basta um cadáver de que a parturiente seja devota para resolver os problemas de uma bacia estreita, um útero malformado ou uma distocia fetal.
É verdade que Frei Galvão já podia há muito ter-se estreado no ramo milagreiro, na área da obstetrícia, mas foi o impulso de João Paulo II para a produção de milagres em série, com certificados de garantia e atestados médicos, que fez nascer a onda de milagres que percorre o mundo católico.
Na noite em que se comemora o mito do nascimento de Cristo, o Brasil que se genuflete e papa missas, que debita a Bíblia e reza novenas, com pobres que se atiram à hóstia para sentirem algo no estômago, agradece a Bento 16 por reconhecer o segundo milagre de Frei Galvão para rubricar o primeiro alvará de santo.
Bendito seja o Brasil e o seu santo Galvão.
Coimbra, 24 de dezembro de 2006 (in Diário Ateísta)
Apostila (2021) – Antecipei-me ao Vaticano a anunciar a canonização de S. Galvão.
Apostila-2 – Frei Galvão, tinha ainda os dons da cura,
ciência, ubiquidade e levitação, especialidades que terão influenciado a
canonização, anunciada pelo Papa Bento XVI, diante de um milhão de pessoas, em
São Paulo, na sua viagem ao Brasil, em 2007.
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