No 85.º aniversário do caudilho vitalício de Espanha «Por la Gracia de Dios»
Em 1 de outubro de 1936, «Por la Gracia de Dios», designação da cumplicidade papal e do clero espanhol, o líder da rebelião antidemocrática, Francisco Franco, foi nomeado chefe de Estado, vindo a tomar o poder, de facto, em 30 de janeiro de 1938, depois da sangrenta guerra civil, com a bênção de Pio XI e o apoio de Hitler, Mussolini e Salazar.
Hoje, no 85.º aniversário do abusivo do título, o caudilho
vitalício de Espanha e um dos maiores genocidas do século XX, continua morto e,
por higiene cívica, removido do Vale dos Caídos, sítio onde o cadáver do frio
assassino gozou honras de Estado.
Francisco Franco, um dos rostos mais execráveis do fascismo
internacional e a figura mais sinistra da Península Ibérica, conseguiu
condicionar a democracia, impor o tipo de regime e escolher um Bourbon educado
no madraçal da Falange para reinar.
Este, Juan Carlos, vítima das hormonas e exonerado da ética,
encontra-se hoje foragido do país, dos Tribunais, da família, da honra e do
poder.
O sucessor designado pelo ditador, sem o poder e a crueldade do criador, goza a riqueza que acumulou, no ocaso da vida, a recordar as caçadas e amantes com que folgou.
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