Tancos – A derrota da Polícia Judiciária Militar (PJM) às mãos da Polícia Judiciária (PJ) graças ao roubo e recuperação do material de guerra do paiol de Tancos.
Permitam-me, leitores, que comece por deixar aqui um cordial abraço e expresse a mais profunda solidariedade a dois delinquentes que desconheço, o coronel Luís Vieira, ex-diretor da PJM, e o major Vasco Brazão, porta-voz da PJM, condenados respetivamente a quatro e a cinco anos de prisão, embora com pena suspensa e em recurso.
Dito isto, recordo a luta entre as duas polícias, com a vitória
total da PJ, e a tentativa de linchamento do ministro da Defesa para atingir o
PM de um Governo do PS, então com o apoio do BE, PCP e PEV.
Enquanto se aguarda um escândalo qualquer, guardado para as eleições
legislativas, de modo a alterar as intenções de voto, vale a pena recordar que
nem tudo o que parece é.
O general João Cordeiro, ex-chefe da Casa Militar do PR, acusado
do crime de falsas declarações, por ter afirmado que nunca recebeu emails do
então diretor da PJM.
O general João Cordeiro, que o coronel Luís Vieira dizia ter
informado, pessoal e oficialmente, do andamento da recuperação das armas, e lhe
garantira informar o PR, foi acusado de um crime de falsas declarações por ter afirmado
que nunca recebeu emails do então diretor da PJM.
Apesar de se ter verificado o envio das mensagens, “a
verdade é que, pelo menos, recebeu três e-mails”, o tribunal considerou que não
ficou provado que os emails foram lidos pelo militar nem que tenha prometido
transmitir qualquer informação ao PR. Foi, pois, absolvido.
Aliás, o general alegou que recebia tantos emails que era
impossível lê-los todos.
Em 2017, entraram em histerismo os corifeus desta direita e
os comentadores com lugar cativo na imprensa, abutres sequiosos de sangue e de
desforra, a pedirem a cabeça do ministro da Defesa com a insânia com que tinham
apoiado o pior PR e o mais indigente PM do regime democrático, numa campanha de
propaganda que agora findou.
O ministro Azeredo Lopes foi obrigado a demitir-se, e acabou
absolvido.
“Tudo está bem, quando acaba bem” (Adágio)
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