O neoliberalismo anda aí… Na rua e no Conselho de Estado.
Da IL ao defunto CDS, do PSD ao interior do PS, das televisões aos jornais, assomam inconformados os neoliberais, ansiosos das liberdades que permitem reduzir o Estado social ao mínimo e desregular a iniciativa privada ao máximo.
Não surpreendem os fascistas ou a IL. A IL defende o mais
radical neoliberalismo, com taxa única do IRS para quem ganhe mil ou um milhão,
a fazer corar de vergonha os que defendem um capitalismo de rosto humano. O PSD
é o principal albergue neoliberal.
No CDS, já sem democratas-cristãos e sem deputados, restam
neoliberais. Na defunção surge Nuno Melo no espaço ocupado pelo partido
fascista sem conseguir a ressurreição do partido que afastou os fundadores.
No PS os neoliberais têm especial exposição mediática e viajam
no comboio rebocado pelo PR. O caso mais surrealista do PS é o do “líder da ala
socialista-liberal”, oxímoro tão delirante como fascista-democrático ou carnívoro-vegano.
Álvaro Beleza, líder da SEDES, apresentou há um ano um manifesto neoliberal e,
há dias, tornou-se docente na Universidade de Verão do PSD.
São os ‘socialistas’ que o PSD convida e exibe na Festa do
Pontal. Nada é melhor para o contrabando de ideias do que divulgá-las a partir
do espetro partidário concorrente.
Os neoliberais do PS, criadores da candidatura de Maria de
Belém a PR e de abstenções violentas contra o PSD, andam aí à espera de se vingarem
da atual direção. O neoliberalismo também mora no interior do PS.
Marcelo assumiu a liderança da direita neoliberal e, esquecido
da legitimidade eleitoral do Governo e do respeito que lhe deve, entrou enlouquecido
na deriva conspirativa.
Ontem, no prolongamento do baile anunciado há muito no
Conselho de Estado, de onde fogem informações para os média, aguardava ovações
pela viagem à Ucrânia, onde inventou uma cerimónia privada para a imposição da venera
que o destinatário recusou.
Depois, com o teatro preparado para o tango com o PM, viu-o recusar, e ficou sozinho a dançar.
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