O TERRAMOTO – 1 de novembro de 1755
Há 268 anos Lisboa perdeu quase um terço da população e com as casas ruíram também as igrejas. O fogo consumiu grande parte do património e foi difícil aos padres explicar a ira de Deus e sustentar que os suspeitos do costume eram responsáveis pelo mau feitio divino contra a capital de um país devoto.
Até aí a ira de Deus era a única explicação para catástrofes, tão natural como as causas dessa raiva serem os pecados, os judeus e o défice de orações.
A comoção espalhou-se pela Europa, Voltaire ridicularizou a teodiceia de Leibniz e a fé deu lugar à ciência, enquanto o Marquês de Pombal mandou enterrar os mortos e cuidar dos vivos.
A tragédia influenciou numerosos pensadores e impulsionou o Iluminismo.
Um ano depois, apagados os vestígios da catástrofe, nasciam na Baixa Pombalina os primeiros edifícios, a nível mundial, construídos com proteção antissísmica.
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