Glória a um santo perverso – No 20.º aniversário da sua estátua no Vaticano
No dia 30 de agosto de 2005 foi colocada uma estátua de S.
Josemaria Escrivá de Balaguer, com 5 metros de altura, em mármore, no exterior
da Basílica de S. Pedro.
O crime compensa. O fundador do Opus Dei foi um grande apoiante
do ditador católico, Francisco Franco, carrasco do povo espanhol e responsável
por centenas de milhares de mortes.
O Opus Dei, que dominou o Vaticano após a morte nunca
esclarecida de João Paulo I, foi o banqueiro privado de dois Papas e
responsável pela orientação política da ICAR.
O pio Escrivá de Balaguer que se fazia ciliciar, pelos
grossos pecados que o afligiam e necessitava de expiar, preparou em vida o seu
processo de canonização.
O escândalo do Banco Ambrosiano foi abafado e o Vaticano
opôs-se à extradição dos clérigos arguidos no processo italiano relativo ao
crime.
Mal arrefeceu o cadáver, obrou três milagres. E logo lhe
foram adjudicados, entre os quais a cura do cancro de uma freira cuja madre
superiora não sabia que estava doente.
O Opus Dei é o cão de guarda da ortodoxia católica e da
moral conservadora. A sua influência é altamente nefasta em Espanha e países da
América latina. Da Universidade de Navarra e dos seus colégios saem os
principais quadros da ala mais reacionária do PP e do Vox, em Espanha.
O Opus Dei perdeu a eleição do Papa Francisco e viu a influência
diminuir no Vaticano depois de 2 papas, JP2 e B16, cuja eleição conseguiu
influenciar.
É cedo para conhecer o seu poder junto do Papa Leão IV, mas
é hoje claro que Deus pode dormir, mas o Opus Dei não dorme. Em Espanha ou em
qualquer outro país onde cheguem os seus membros é o poder e o domínio financeiro
e político que procuram.

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