Cavaco promulga lei eleitoral dos Açores


A alteração da lei, com distorções que mereciam correcção por respeito ao princípio da proporcionalidade eleitoral, fez-se da pior maneira e, como sempre, à custa do sacrifício do erário público.

Os círculos eleitorais passaram de 9 (um por cada ilha) para 10, um círculo eleitoral de compensação com 5 deputados. No futuro, a Assembleia Regional dos Açores passará a contar com 57 deputados.

Um único círculo eleitoral asseguraria a proporcionalidade e, atendendo à população e à dimensão territorial, um terço dos deputados seria suficiente para assegurar as funções e manter uma representação política plural.

Comentários

Anónimo disse…
Esta situação faz-me recordar uma reportagem da SIC sobre a ilha do Corvo.

Ali, a quase totalidade da população activa trabalha para a Camara Municipal, unica empregadora na zona, situação que favorece o comodismo e amorfa a economia.

Julgo até que a própria padaria é gerida pela camara local por falta de interessados.

Trata-se por outro lado da unica hipótese de travar o abandono da ilha, pelo que pode ser interpretado como uma espécie de subsidio de isolamento.

Perante a necessidade de fixar mais alguns habitantes no Arquipélago, porque não abrir umas quantas vagas para deputados!?
Anónimo disse…
É a aplicação prática do tão propalado slogan governamental (copiado da Direita, diga-se em boa verdade):

- o emagrecimento do Estado!

ou, se quisermos:

- mais "tachos" para os políticos.
Anónimo disse…
sim, mas o que o esperança subrepticiamente insinua é que a culpa é do cavaco...
Anónimo disse…
Anonimo:

A(s) mordomia(s) inclusas no diploma proposto pelo PS, com o agrement da AR e, posteriormente, promulgado pelo PR, surgem no dia em que se conhece a preocupante derrapagem do orçameto de Estado.

Em todos os quadrantes políticos - excepto no Reino Unido onde vigora um sistema parlamentar "sui generis" de pequenos círculos eleitorais - preconiza-se a diminuição do nº. de deputados (nacionais ou regionais) e, em contrapartida, a intensificação dos trabalhos de grupos parlamentares - mais eficientes, mais produtivos e mais atempados (agilizados) nas respostas.

A produtividade (não existe só para os funcionários públicos e trabalhadores em geral) e o famoso combate ao desperdício, assim o aconselham.

Na organização do Estado, o governo e os partidos representados na AR, optam pela anti-pedagogia política e pelo descontrolo de custos. As máquinas partidárias assim o exigem.
Daí à demagogia e, depois ao ridículo companheiro do descrédito, vai um pequeno passo.

Cavaco só tem culpa de ter sido eleito - com a complacência (beneplácito) do PS que nas últimas eleições presidenciais ofereceu um triste espectáculo ao País que permitiu a 1ª. vitória de um político (envergonhado) oriundo da direita.
Mais nada.
Em meu entender vai esgotar-se a enviar constantes mensagens à Assembleia da República, que ninguém ouve nem acata.
Anónimo disse…
«sim, mas o que o esperança subrepticiamente insinua é que a culpa é do cavaco...»

RE: Caro anónimo:

Nego absolutamente a intenção que me atribui. Cavaco não podia fazer outra coisa e, até, pareceu-me despropositada a mensagem à A.R..

A culpa foi do PS. O apoio dos outros partidos deve-se ao interesse de terem representantes que, com menos deputados, não conseguiriam.

O facto de termos um Governo que me merece apoio e simpatia não me obriga a perder o sentido crítico e a abdicar dos meus pontos de vista.

Neste caso o PSD votou contra. Infelizmente deve-se-lhe a anterior lei que o beneficiava e subvertia o princípio da proporcionalidade.

E não são cinco deputados a mais, são algumas dezenas.
Anónimo disse…
já para não falar nas 11,sim onze municipios( Camaras) na Madeira......se houvesse proporcionalidade ca seriam milhares....

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