Marcelo – comentador em proveito próprio
O comentador do PSD na RTP, com inegáveis dotes de comunicador, é a voz de um social-democrata fazendo o seu caminho, e dificultando o dos adversários, à espera da segunda oportunidade.
Na última homilia discordou da promulgação da lei eleitoral do Açores pelo PR, por falta de consenso com o PSD – crítica feita por Cavaco Silva –, mas que se arriscava a manter o apoio de dois terços dos deputados numa segunda votação.
O PR averbaria uma derrota política inútil e seria obrigado a promulgar a lei de que só o PSD discordou, por más razões. A anterior, contrariando a proporcionalidade, favorecia-o.
A lei é, de facto, injusta mas por razões diversas das invocadas pelo PR e repetidas pelo avençado comentador.
O 10.º círculo eleitoral (mais cinco deputados na Assembleia Regional) melhorou a proporcionalidade mas o número de 57 deputados é um exagero que a unificação num único círculo eleitoral deveria reduzir para um terço.
Esta é a razão, a única razão, que torna a lei má e que ninguém pôs em causa.
O mesmo critério dos Açores é válido para a Madeira onde o exagero de pessoal político não tem paralelo no Continente. Não há, aliás, racionalidade económica ou necessidade administrativa que justifique a dimensão faraónica dos órgãos regionais.
Nenhum partido, nem o Governo, nem o presidente da República, nem a comunicação social, tão solícita a querer reduzir o número de deputados da AR, capaz de eliminar os pequenos partidos, condena as largas dezenas de deputados das Assembleias Regionais dos Açores e Madeira.
Na última homilia discordou da promulgação da lei eleitoral do Açores pelo PR, por falta de consenso com o PSD – crítica feita por Cavaco Silva –, mas que se arriscava a manter o apoio de dois terços dos deputados numa segunda votação.
O PR averbaria uma derrota política inútil e seria obrigado a promulgar a lei de que só o PSD discordou, por más razões. A anterior, contrariando a proporcionalidade, favorecia-o.
A lei é, de facto, injusta mas por razões diversas das invocadas pelo PR e repetidas pelo avençado comentador.
O 10.º círculo eleitoral (mais cinco deputados na Assembleia Regional) melhorou a proporcionalidade mas o número de 57 deputados é um exagero que a unificação num único círculo eleitoral deveria reduzir para um terço.
Esta é a razão, a única razão, que torna a lei má e que ninguém pôs em causa.
O mesmo critério dos Açores é válido para a Madeira onde o exagero de pessoal político não tem paralelo no Continente. Não há, aliás, racionalidade económica ou necessidade administrativa que justifique a dimensão faraónica dos órgãos regionais.
Nenhum partido, nem o Governo, nem o presidente da República, nem a comunicação social, tão solícita a querer reduzir o número de deputados da AR, capaz de eliminar os pequenos partidos, condena as largas dezenas de deputados das Assembleias Regionais dos Açores e Madeira.
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