A festa do Pontal
A festa do Pontal era um evento que anunciava o reinício do ano político do PSD como as andorinhas prenunciam a Primavera. Era uma demonstração de força, uma espécie de braço de ferro com os socialistas para contar militantes e exibir individualidades.
Ali, no Pontal, estava o partido em transe a aguardar o líder que governava ou o que o havia de levar à vitória. Era a euforia à solta a transbordar afectos de clubismo exaltado.
Hoje, remetido a uma oposição sem chama, a uma desmoralização que as rivalidades étnicas se encarregam de acentuar, a festa do Pontal transformou-se numa romaria de ressentimento onde foi fácil ver os que se apresentaram porque faltaram quase todos.
O PSD é hoje um partido desalentado pelos últimos anos em que foi poder, nostálgico de Cavaco, que não pode andar com ele ao colo, e envergonhado da prestação de Durão Barroso e da desastrosa e arrepiante passagem de Santana Lopes.
Para mal do PSD e da democracia nascem tribos de ressentidos sem gratidão pelo líder que aguentou quase sozinho a travessia do deserto enquanto Guterres foi, no primeiro mandato, o melhor e mais bem sucedido primeiro-ministro de Portugal.
Marques Mendes pretende devolver credibilidade ao PSD mas, na sombra, espreitam os Borges e outras nulidades políticas enquanto Manuela Ferreira Leite aguarda a sua vez se não for tragada pelo populismo de Luís Filipe Menezes.
Por enquanto é Marques Mendes que vai ao leme e engana-se quem o menospreza.
Ali, no Pontal, estava o partido em transe a aguardar o líder que governava ou o que o havia de levar à vitória. Era a euforia à solta a transbordar afectos de clubismo exaltado.
Hoje, remetido a uma oposição sem chama, a uma desmoralização que as rivalidades étnicas se encarregam de acentuar, a festa do Pontal transformou-se numa romaria de ressentimento onde foi fácil ver os que se apresentaram porque faltaram quase todos.
O PSD é hoje um partido desalentado pelos últimos anos em que foi poder, nostálgico de Cavaco, que não pode andar com ele ao colo, e envergonhado da prestação de Durão Barroso e da desastrosa e arrepiante passagem de Santana Lopes.
Para mal do PSD e da democracia nascem tribos de ressentidos sem gratidão pelo líder que aguentou quase sozinho a travessia do deserto enquanto Guterres foi, no primeiro mandato, o melhor e mais bem sucedido primeiro-ministro de Portugal.
Marques Mendes pretende devolver credibilidade ao PSD mas, na sombra, espreitam os Borges e outras nulidades políticas enquanto Manuela Ferreira Leite aguarda a sua vez se não for tragada pelo populismo de Luís Filipe Menezes.
Por enquanto é Marques Mendes que vai ao leme e engana-se quem o menospreza.
Comentários
"Ganhámos esta aposta, com tanta gente que estava interessada no falhanço desta festa, alguns até dentro do nosso próprio partido",
Quem sabe interpretar a política - nomeadamente a política partidária - sabe (fica a saber) o que se passou na Festa e o que passa no interior do PSD.
Exactamente aquilo que é, pretensamente, negado:
- o "falhanço" em toda a linha.
Mendes Bota (anfitrião)transmitiu ao partido ineludíveis sinais da "desmobilização" (da desestabilização) onde o PSD está mergulhado:
Convidou, publicamente, para os comprometer, António Borges, Morais Sarmento, João de Deus Pinheiro, Arlindo de Carvalho e Helena Lopes da Costa. Não pode lançar o repto a Marques Mendes porque este, antecipadamente, "despachou" Azevedo Soares, em sua representação.
Morais Sarmento (que à última hora decidiu não comparecer)comentou a festa do Pontal, nos seguintes termos: "Parece que há aqui um Benfica-Sporting".
Está tudo dito e, a utilização da gíria futebolística, reflete o "saco de gatos" que o PSD se transformou e, de modo directo, evidencia ao País.
A festa do Pontal transformou-se numa imensa contestação ao PSD institucional, tal como ele existe neste momento.
Começa pelo anfitrião - Mendes Bota - em declarada guerra com a direcção do partido por causa da regionalização, segue com o orador convidado - Luis Filipe Menezes- derrotado no último Congresso. Este último arrenga umas críticas avulsas e pontuais ao governo de Sócrates mas não consegue passar uma ideia que revitalize, ou mobilize, o PSD.
Depois de este degradante "espectáculo" aceitam-se apostas acerca da data do próximo Congresso.
Este PSD perdeu a viabilidade ou, se quisermos, esgotou o prazo de validade.
Logo que cheirar a eleições, das que valham a pena, estão estarão todos outra vez, militantemente dispostos a dar o corpo ao manifesto, com as jotas a porêm-se nos bicos dos pés,etc.Até lá umas bocas, umas conferências de imprensa sem substância, uns fogachos, e os rituais da praxe no debate das GOP, do OGE, etc.
Rivalidades étnicas??? Chiça!!!!