Lei da paridade
A argumentação usada pelo PR no veto político à chamada «lei da paridade» não lhe deu espaço para, alteradas as sanções, reincidir no veto. A promulgação é um marco histórico que abre os partidos à participação mais equitativa dos dois sexos.
Enganam-se os que prevêem uma diminuição da qualidade dos actores políticos e perdem os que inventaram pretextos para o imobilismo que privou a política do contributo mais substancial das mulheres, segregadas pelas máquinas partidárias.
A nova lei obriga a que as listas eleitorais, legislativas, europeias e autárquicas, incluam um mínimo de 33% de cada um dos sexos e as listas plurinominais a não poderem conter mais de dois candidatos do mesmo sexo colocados, consecutivamente, na ordenação da lista. As excepções são irrelevantes e destinam-se a pequenas autarquias cuja fusão com outras se tornará, no futuro, inevitável.
Não se pode concluir que esta lei beneficie as mulheres sem reconhecer que têm sido prejudicadas, que as discrimine positivamente sem assumir uma discriminação negativa no passado.
É tempo de os partidos de esquerda pensarem numa mulher para o cargo uninominal de Presidente da República, lufada de ar fresco e sintoma de modernidade numa democracia que envelhece. Há quatro anos para
Foi pena que o PCP se excluísse do apoio à lei ora promulgada. A companhia devia tê-lo alertado para a posição conservadora a que parlamentarmente se associou.
Apostila 1 – No salazarismo era vedado às mulheres, por lei, o acesso à magistratura e à carreira diplomática. Na prática eram excluídas da Assembleia Nacional, Forças Armadas e autarquias. A saída para o estrangeiro carecia de autorização do marido. A este cabia a administração exclusiva dos bens comuns.
Apostila 2 – Dói ouvir repetidos argumentos usados durante a ditadura.
Apostila 3 – O passado português, em relação à mulher, é uma vergonha.
Enganam-se os que prevêem uma diminuição da qualidade dos actores políticos e perdem os que inventaram pretextos para o imobilismo que privou a política do contributo mais substancial das mulheres, segregadas pelas máquinas partidárias.
A nova lei obriga a que as listas eleitorais, legislativas, europeias e autárquicas, incluam um mínimo de 33% de cada um dos sexos e as listas plurinominais a não poderem conter mais de dois candidatos do mesmo sexo colocados, consecutivamente, na ordenação da lista. As excepções são irrelevantes e destinam-se a pequenas autarquias cuja fusão com outras se tornará, no futuro, inevitável.
Não se pode concluir que esta lei beneficie as mulheres sem reconhecer que têm sido prejudicadas, que as discrimine positivamente sem assumir uma discriminação negativa no passado.
É tempo de os partidos de esquerda pensarem numa mulher para o cargo uninominal de Presidente da República, lufada de ar fresco e sintoma de modernidade numa democracia que envelhece. Há quatro anos para
Foi pena que o PCP se excluísse do apoio à lei ora promulgada. A companhia devia tê-lo alertado para a posição conservadora a que parlamentarmente se associou.
Apostila 1 – No salazarismo era vedado às mulheres, por lei, o acesso à magistratura e à carreira diplomática. Na prática eram excluídas da Assembleia Nacional, Forças Armadas e autarquias. A saída para o estrangeiro carecia de autorização do marido. A este cabia a administração exclusiva dos bens comuns.
Apostila 2 – Dói ouvir repetidos argumentos usados durante a ditadura.
Apostila 3 – O passado português, em relação à mulher, é uma vergonha.
Comentários
que se proceda à eleição, mais tarde ou mais cedo, de uma mulher para PR, tudo bem, é sinal de avanço civilizacional.
Mas nunca antes de António Guterres.
"O passado português, em relação à mulher, é uma vergonha".
Ora aí está, meu caro, um assunto sobre o qual os machos portugueses estão em absoluta paridade com os congéneres do mundo inteiro!
Sobre essa vergonha, não temos que nos envergonhar de ninguém.
Estarei na primeira linha no apoio a António Guterres, se e quando ele se vier a candidatar.
No entanto, mantenho o meu desejo de ver uma mulher a ocupar o cargo mais elevado da hierarquia do Estado.
Quanto ao Jagudi, agradeço o humor e o trocadilho.
é necessário criar urgentemente circulos uninominais para acabar com o chapeu das listas que abriga muitos que nunca seriam eleitos se assim não fora.
Sabiam que no concelho de Cantanhede existem várias freguesias com menos de 1000 eleitores, apresar de ser um concelho do Litoral, em que o interesse é a eleição de mais um deputado municipal, inerencia do presidente da junta, e que o que resta ao presidente são festas de arraial?
Não seria lógico a eliminação com junção de freguesias rurais, até à extinção das freguesias urbanas? Em certas freguesias até há dificuldade em os maoires partidos elaborarem listas eleitorais, e agora com a lei da paridade será mostrada a razão da minha proposta.
É que no início do poder autarquico, foi um tal dividir para reinar, e agora em que se vê o fundo à gamela, o populismo esgota-se.
deixo só aqui as seguintes questões:
Por que cota especial entraram para a A.R.
1-a Drª Manuela Ferreira Leite?
2- a Drª Odete Santos?
3- a Drª Maria de Belém?
4- a drª Ana Drago?
etc...
Agora tem-se de enfiar mulheres na assembleia da republica só pela sua condição genética?
que mau precedente, que parvoíce...