Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Boas.
Não gosto do texto. Insinua inverdades. Penso que o PR é o líder da delegação mas aparece numa óptica de abrir um campo de possibilidades ao Governo. Pelo menos é o que me parece. Acho razoável quatro Ministros na comitiva. Agora, deveríamos saber o que é que eles foram lá fazer.
Quanto ao temor da invasão... o quê, não me diga que o senhor defende um comportamento à Salazar que nunca saíu daqui? É isso?...
JS
Ele acha é uma injustiça o Cavaco ir a Espanha, quando em outro tempo do seu correligionário, Mário Soares, praticamente não saíu do país, para poupar dinheiro... é isso...
Boa Carlitos, como sempre, estiveste bem outra vez...
No caso vertente, as relações entre os 2 países ibéricos, tem a sua expressão nas conferências inter-governamentais periódicas que estão, desde há muito, acordadas.
Quer o Pres. Cavaco quer o rei Juan Carlos são figuras protocolares ou, se quisermos, meros "catalizadores" de aproximações inter-governamentais que, como é hábito, decorrem à margem das visitas entre Chefes de Estado.
O rei de Espanha tem ao longo dos anos mantido essa discreta postura, com manifesto benefício para Espanha.
O Pres. Cavaco pode ser tentado a escorregar para outros terrenos ou outros protagonismos (ver entrevista de ontem ao El País).
Recordo - para os que podem estar mais desatentos - que, quando Cavaco era primeiro-ministro e Durão Barroso secretário de Estado do MNE, ao celebrarem os acordos de Bicesse entre o MPLA e a UNITA deixaram, o então Presidente da República, à margem do processo.
Na altura, ambos defenderam que as relações exteriores eram da competência exclusiva do governo.
Estejamos, portanto, atentos a eventuais desvios de uma desejada coerência política.
Então não é que o calipo, ops deculpem o e-pá, agora está atento ás viagens do PRESIDENTE DA REPÚBLICA, eleito por maioria ABSOLUTA pelos portugueses (que aziaaaaa ....) e não esteve nada atento (aliás até achava bem) com o maior turista à custo do erário publico, que foi o Mário Soares...
Senhor Corneto, ops desculpe senhor e-pá, seja coerente senão ainda lhe caí o chantilie...
Discussão, comentários, sim.
Visões, não!
Alguma vez me viu ou ouviu defender Mário Soares?
E, desconheço PR's, depois do 25 Abr, que não tenham sido eleitos por maioria absoluta.
Pelo que a indignação é gelatinosa. Ou, se quiser, derrete-se como os gelados que tanto gosta -
cornetos, cornucópias ou o que quiser...
São tiques que lhe ficaram e que correspondem ao seu perfil.
A Constituição exige-lhe que a cumpra e a faça cumprir. Temo que esteja em curso uma subversão constitucional a partir de Belém.
Esses temores são de alguém demasiadamente comprometido...
E meus senhores, não falem tão cordialmente de Juan Carlos! Até parecem nórdicos, a respeitar uma figura real.