Faleceu Oriana Fallaci

(Foto de 2000 (AP)
Faleceu aos 76 anos, vítima de cancro, a jornalista que se notabilizou como correspondente de guerra e cujas entrevistas e os dois últimos livros colocaram na fronteira do racismo.

A partir do 11 de Setembro exacerbou-se o seu ódio visceral aos muçulmanos e ao terrorismo que o fascismo islâmico se tem encarregado de levar a cabo.

Amada por uns e odiada por outros, foi uma referência do jornalismo e uma mulher de causas.

Ateia, não compreendia a complacência do Ocidente em relação ao fanatismo islâmico.
Faleceu na bela Florença que tanto amava e cuja sujidade deplorava e atribuía aos árabes.

Comentários

Anónimo disse…
Num momento de pesar e recolhimento que todos devemos à memória de uma grande jornalista, não posso ficar agarrado às protocolares condolências e aos elogios "facéis" dos que "da lei da morte se vão libertando".
O merecido respeito que Oriana Fallaci me merece, não pode ocultar discordâncias que, nos últimos tempos, se estabeleceram.
Estaria a ser hipócrita.

Considero, com toda a sinceridade, que as suas "Entrevistas com a História" são, do ponto de vista jornalístico, simplesmente históricas.
Marcos indeléveis na longa marcha da comunicação.

Todavia, Oriana desiludiu-me nos últimos anos de trabalho - nomeadamente depois do 11. Set. 2001.
A partir daí, no meu entender, entregou-se a um tipo de "fundamentalismo" anti-islâmico. Esta "viragem" não lhe trouxe clarividência, não serviu os seus propósitos e, finalmente, turvou-lhe a razão.
Ensombrou o seu trabalho.

A partir daí, Oriana Fallaci, não consegue lidar com um poderoso sentimento de revolta que a domina e inicia a publicação de textos e documentos que podemos classificar como um "breviário do ódio anti-muçulmano".

Repito, vai entrar na história do jornalismo pelas suas "Entrevistas com a História".

Lamento dizê-lo mas sinto que, para além da prolongada doença que fatalmente a atingiu, Oriana morre - também - de "crise islamofóbica".

Mas devo esclarecer para que não restem equívocos que, no meu entendimento, considero-a uma das grandes jornalistas do séc. XX.

Fiquemos por aí - séc. XX.
E, assim sendo, resta-me inclinar-me, respeitosamente, perante a sua memória.
rascunhos disse…
De Oriana li há mais de 25 anos "Entrevistas com a História" e "Carta a um Menino que Não Nasceu".Gostei de ambos.
Anónimo disse…
"FASCISMO ISLÂMICO"???? NÃO SEJA PALERMA ESPERANÇA.... "FASCISMO ISLÂMICO"???? (ESTE GAJO É MESMO UM INTELECTUAL DE MERDA...
PORQUE NÃO "SOCIALISMO ISLÂMICO?" QUE EU ME LEMBRE, O PARTIDO DE HITLER ERA O "PARTIDO NACIONAL SOCIALISTA" E NÃO O "PARTIDO FASCISTA"
NÃO SEJA PALERMA E ACIMA DE TUDO NÃO SEJA BURRO, (AQUI JÁ DÚVIDO MAIS QUE CONSIGA)
Anónimo disse…
É repugnante o elogio funebre da ICAR a Oriana Fallaci.

A conferência episcopal italiana pela voz do cardeal Ruini disse:
"Que Deus a receba em seus braços cheios de imenso amor!"

Conhecendo a vida de Oriana, a esta atitude só podemos chamar - oportunismo.

Oriana tinha uma relação difícil com a Igreja, classificando-se, a si própria, com um paradoxo
- "uma ateia cristã".

Mas há outro problema em que, mais uma vez, a ICAR revela dificuldades e descordenação.
A Igreja só a elogia agora em manifesto tributo pela sua recente "cruzada anti-islâmica".
Convenhamos que este elogio, ocorre, para o Vaticano, em mau momento, no contexto diálogo inter-religioso. Mas a actual filia pelas cruzadas.

Provavelmente, seguem-se as habituais desculpas...

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