Moralização do Estado
Não há nos partidos políticos portugueses luta ideológica porque, com a excepção do PCP, a ideologia anda arredada de todos eles.
Isto não significa que as ideologias tenham morrido e que a sociedade portuguesa tenha desistido de se interrogar e de pensar. Mas nos partidos é da conquista do poder que se trata, do acesso aos lugares onde se decide quem pode ser o quê à mesa do orçamento.
E, mais importante do que a conquista do poder a nível governamental, é nas autarquias que se joga o futuro de uma legião imensa que gravita em torno de 308 municípios e mais de quatro mil juntas de freguesia.
A quantidade de carros do Estado e de sinecuras que alimentam a vaidade e ambição de assessores e outros funcionários de estatuto e remunerações variáveis é impressionante e é de crer que as ajudas de custo e os quilómetros percorrido em carro próprio por muitos dos que dispõem de autonomia para arredondarem os vencimentos represente uma fatia importante dos gastos com o pessoal e um saque aos dinheiros públicos.
Claro que a probidade e a prova só serão possíveis quando a ética republicana tomar o lugar do caciquismo e quando as remunerações fixas e eventuais forem publicadas pelos organismos e empresas públicas.
Ainda espero que a República seja um exemplo de ética e de boas práticas. Mas, para isso, os mais altos dignitários do Estado e os autarcas não poderão continuar a acumular reformas e vencimentos, apesar da tentativa de moralização deste Governo que apenas excluiu o PR e o presidente da AR e de que se excluiu logo, ao abrigo da autonomia, o Governo Regional da Madeira.
Isto não significa que as ideologias tenham morrido e que a sociedade portuguesa tenha desistido de se interrogar e de pensar. Mas nos partidos é da conquista do poder que se trata, do acesso aos lugares onde se decide quem pode ser o quê à mesa do orçamento.
E, mais importante do que a conquista do poder a nível governamental, é nas autarquias que se joga o futuro de uma legião imensa que gravita em torno de 308 municípios e mais de quatro mil juntas de freguesia.
A quantidade de carros do Estado e de sinecuras que alimentam a vaidade e ambição de assessores e outros funcionários de estatuto e remunerações variáveis é impressionante e é de crer que as ajudas de custo e os quilómetros percorrido em carro próprio por muitos dos que dispõem de autonomia para arredondarem os vencimentos represente uma fatia importante dos gastos com o pessoal e um saque aos dinheiros públicos.
Claro que a probidade e a prova só serão possíveis quando a ética republicana tomar o lugar do caciquismo e quando as remunerações fixas e eventuais forem publicadas pelos organismos e empresas públicas.
Ainda espero que a República seja um exemplo de ética e de boas práticas. Mas, para isso, os mais altos dignitários do Estado e os autarcas não poderão continuar a acumular reformas e vencimentos, apesar da tentativa de moralização deste Governo que apenas excluiu o PR e o presidente da AR e de que se excluiu logo, ao abrigo da autonomia, o Governo Regional da Madeira.
Comentários
Quantos municípios e juntas de freguesia deveriam desaparecer? Alguns não têm 500 eleitores...