Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
É o que parece ter sucedido na Nicaragua.
Nas últimas eleições (2006) Daniel Ortega necessitava de derrotar o Eduardo Montealegre, da Aliança Liberal Nicaraguense (ALN).
Para "alargar" a base eleitoral de suporte precisou de entrar no terreno social da área conservadora, representado pela ALN.
Ortega, por questões tácticas eleitoralistas, cedeu às pressões da sociedade civil mais retrogada (movimentos anti-aborto), bem como às poderosas exigências do sector religioso (ICAR e evangélicos).
Agora, tem um bebé nos braços... com um "pai" em debandada (com a acusação de violador) e uma mãe carregando uma gravidez de alto risco e sem as minímas condições para o exercício da maternidade (uma pré-adolescente).
A criança que nascerá, sem responsabilidades nesta trama, tem em perspectiva um início de vida - no mínimo - pouco auspicioso, embora insituições de solidariedade estejam já em campo. Vão tentar esconder o erro, nunca colmatarão o que é basico para uma criança. O suporte da sua família. (Não é "pai de família"?)
A mãe, foi vitima de violação e a situação é, para além do contexto criminal, um exemplo paradigmático de gravidez indesejada.
É no que dá quando os homens (e as mulheres) renegam (ou se desviam) das matrizes ideológicas.
Resolvem problemas eleitorais, criam dramas humanitários.
Mas que seja salva a Vida do Bebé!
Se a Mãe não tiver condições para o criar, pois que seja entregue a quem o possa.
Prenda-se o alegado criminoso, e não se tente resolver o problema com a prática de outro crime, mais hediondo, como o homicídio/aborto.
A Vida da criancinha é intocável e sagrada.
Pela Vida, sempre.
A Paz.
Não, não vão, "e-pá!".
Vão, isso sim, salvar da morte uma criancinha inocente.
É preferível, obviamente, que uma criança cresça e se desenvolva num ambiente familiar saudável.
Mas, na eminência da sua morte, salva-se a criança do homicídio/aborto e dá-se-lhe um lar para viver.
Entre a Vida e a Morte, eu escolho sempre a VIDA!
A Paz.
A vida (no conceito mais amplo do termo) da "infantil" mãe (...podemos chamar-lhe assim) não lhe interessa?
O seu leque de escolhas é muito maniqiueísta... VIDA/MORTE; BEM/MAL; CÈU/INFERNO; etc...
Rouba-lhe o trabalho de pensar!
Olhe que não há só PRETO & BRANCO. Na vida (na sua vida) vai encontar mais cores... Não as misture que assim arrisca-se a ver o Mundo "cinzentão".
Mas em que parte dos meus comentários leu que a vida da rapariga não me importa?
Claro que importa.
Mas a vida da rapariga não está em risco.
Como não está, suponho a vida do Bebé, uma vez que estamos a falar da Nicarágua, nação onde a cultura de morte não impera como cá.
Quando fala em raciocínio maniqueísta, pois sim, será.
Conhece outro quando se fala de vida ou morte?
Não há meio-termo nem côr intermédia.
Vida é branco, morte é preto.
E eu prefiro o branco.
Deixe lá a rapariguinha seguir o seu caminho, tratando, ou não, do bebé que irá nascer.
Deixe estar, que alguém tomará conta dele, se a mãe não o puder fazer.
No fim, salva-se uma vida.
Porque é a única que aqui está em jogo.
A Paz.
Uma convicção de fé... mais nada!
Não fique tão em PAZ - consigo mesmo...
Não sei se não percebe ou se limita a agir de má-fé, fingindo que não percebe.
Mas, enfim...
1 - A rapariga engravidou na sequência de uma violação;
2 - A criança nasce, o alegado violador julgado e, eventualmente condenado;
3 - Uma de duas hipóteses:
a) a rapariga fica com o filho;
b) a rapariga não fica com o filho, que será entregue a quem dele trate;
4 - Não há mortes, não há drama, não há homicídios.
Eu sei que é difícil de perceber para um esquerdista ateu que prefere matar uma criança a salvá-la, só para fingir que o problema não existe.
Nós, católicos e defensores da Vida, enfrentamos o problema e resolvemo-lo da melhor forma.
Percebeu, ou quer que eu lhe faça um desenho?
A Paz.
faça-me um desenho.
Sendo assim, pai de família, no meio de tanta doçura e paz celestial, como explica os orfanatos cheios de crianças que ninguém quer e onde não recebem uma ponta de carinho? E o pai de família, de acordo com as suas maravilhosas teorias, quantas crianças já resgatou? E o que acha da adopção de crianças por casais homossexuais? Aposto que acha que estão muito mais felizes no orfanato...
Faça lá o desenho...