Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Mas já não é mau ver, a este e a outros parecidos, o estado das cuecas.
Deverá dizer: foi com um enorme sacrifício que aceitei este cargo, blá, blá, etc.
Esquecia-me de um outro pormenor:
- perde o passado ou perde-se do passado.
...os que nunca receberam (nem legais, nem ilegais). Nenhuns!
- Quantos são, quantos são ....
venham eles!
Sem valores, sem princípios, sem cultura democrática, sem ideais.
O poder local está enxameado de megalómanos, visionários, caciques bêbados do seu pequeno poder. Que enterram o país, claro.
Não obstante haver diferenças no que diz respeito a financiamentos, estou de acordo consigo (mesmo parafraseando o Valentão -salvo seja).
Já agora:
http://bonstemposhein.blogspot.com/2007/08/dos-financiamentos.html.
Tenho esperança que ainda um dia se escreverá a história completa da ida para Bruxelas; tenho muitas dúvidas que não ... "encaixam".
Subscrevo na integra o seu post no blog "bons tempos".
Na verdade o que nos tem lixado, são os brandos costumes a par dos secretos vícios.
O 25 de Abril não eliminou este atavismo político.
De concreto tornou os vícios menos secretos (a liberdade de imprensa serve para alguma coisa), mas aos costumes disse: nada.