Birmânia ou Mianmar e o budismo
O País é pluriétnico e multiconfessional, mas é difícil que os cristãos ou muçulmanos possam ter lugares de relevo ou pertencer às forças armadas que têm sustentado a feroz ditadura militar, num país com 90% de budistas. A eleição do presidente afeto a Aung San Suu Kyi, Nobel da Paz, e impedida de ser PR, não alterou o poder dos militares.
Não há ditaduras boas nem religiões tolerantes. Tolerantes e civilizados podem ser os crentes, apesar das religiões que professam. O budismo é uma filosofia de tradições, crenças e práticas baseadas nos ensinamentos de Buda, ou seja, uma religião não teísta, que tem algumas vantagens, mas está mais longe do carácter pacífico que se lhe atribui no Ocidente do que da crença divina das religiões monoteístas.
O budismo não cultiva a paz nos conventos nem reduz a rivalidade entre os conventos e, quanto a perseguições a outras religiões, não atingindo a demência do Islão político, têm aumentado em vários países. A Birmânia é hoje o caso mais eloquente, com expulsão de missões cristãs e sevícias sobre não budistas, sobretudo contra muçulmanos.
A minoria muçulmana rohingya tem sido vítima de violentas discriminações ao longo dos anos. É difícil, num país fechado e dominado pela ditadura, avaliar os suplícios das minorias religiosas, em especial da muçulmana. É um ódio herdado da época colonial.
Recentemente também os cristãos foram perseguidos por ‘irritarem espíritos budistas’ e monges radicais conseguiram a aprovação de leis que dificultam a conversão, mas nada se compara à crueldade para com os muçulmanos. Em maio de 2015 um monge budista incitou a violência contra eles e é difícil saber quantos sobram, dada a sua exclusão no último censo demográfico. Os refugiados em países vizinhos estimam-se em 1 milhão.
Hoje, o jornal francês, Le Monde, referia-se a milhares de civis da minoria muçulmana que fugiam à violência dos militares birmaneses nos seguintes termos: “nunca tínhamos visto tal nível de crueldade”.
A Senhora Aung San Suu Kyi ainda não se tinha pronunciado sobre esta chacina que o ódio sectário de natureza religiosa provocou. E a laicidade nem em democracia é consensual.
Não há ditaduras boas nem religiões tolerantes. Tolerantes e civilizados podem ser os crentes, apesar das religiões que professam. O budismo é uma filosofia de tradições, crenças e práticas baseadas nos ensinamentos de Buda, ou seja, uma religião não teísta, que tem algumas vantagens, mas está mais longe do carácter pacífico que se lhe atribui no Ocidente do que da crença divina das religiões monoteístas.
O budismo não cultiva a paz nos conventos nem reduz a rivalidade entre os conventos e, quanto a perseguições a outras religiões, não atingindo a demência do Islão político, têm aumentado em vários países. A Birmânia é hoje o caso mais eloquente, com expulsão de missões cristãs e sevícias sobre não budistas, sobretudo contra muçulmanos.
A minoria muçulmana rohingya tem sido vítima de violentas discriminações ao longo dos anos. É difícil, num país fechado e dominado pela ditadura, avaliar os suplícios das minorias religiosas, em especial da muçulmana. É um ódio herdado da época colonial.
Recentemente também os cristãos foram perseguidos por ‘irritarem espíritos budistas’ e monges radicais conseguiram a aprovação de leis que dificultam a conversão, mas nada se compara à crueldade para com os muçulmanos. Em maio de 2015 um monge budista incitou a violência contra eles e é difícil saber quantos sobram, dada a sua exclusão no último censo demográfico. Os refugiados em países vizinhos estimam-se em 1 milhão.
Hoje, o jornal francês, Le Monde, referia-se a milhares de civis da minoria muçulmana que fugiam à violência dos militares birmaneses nos seguintes termos: “nunca tínhamos visto tal nível de crueldade”.
A Senhora Aung San Suu Kyi ainda não se tinha pronunciado sobre esta chacina que o ódio sectário de natureza religiosa provocou. E a laicidade nem em democracia é consensual.
Comentários