Maio de 68 – 21 de maio

Há 49 anos irrompeu em França uma tumultuosa rebelião de massas que começou com greves estudantis e rapidamente se espalhou por outros sectores da sociedade. Foi uma colossal e inédita rebelião que marcou o século XX.

A insurreição popular, de contornos difusos, venceu as diferenças étnicas, culturais e de classe, alastrou a outros países e foi o rastilho de enormes confrontos, com greves de estudantes e operários e a ocupação de universidades e fábricas, que provocaram o caos.

A tentativa de esmagamento, com forte repressão policial, levou à escalada do conflito e culminou com uma greve geral de estudantes e ocupações de fábricas em toda a França. Aderiram dez milhões de operários grevistas, apesar do desencorajamento do P. C. F. que, ironicamente, o Governo viria a acusar de responsável. Era o suspeito habitual.

O colapso do Governo levou o gen. de Gaulle a criar um quartel general de operações militares para obstar à insurreição, dissolver a Assembleia Nacional e marcar eleições parlamentares para 23 de junho de 1968. Chegou a refugiar-se numa base da força aérea, na Alemanha.

A violência com que irrompeu este movimento esgotou-se com a rapidez com que emergiu, e o partido gaulista reforçou a votação nas eleições que se seguiram.

Maio de 68 esgotou-se sem consequências políticas, mas deixou marcas profundas na educação, na sexualidade e na reivindicação do direito ao prazer, por uma juventude que alterou os padrões éticos que vigoravam. Começou com uma explosão de hormonas e acabou numa revolução de costumes.

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