O ocaso do cardeal Clemente

Quando a idade o tinha poupado à luxúria não o poupou a vaidade à aceitação da venera com que o edil de Lisboa quis atrair os católicos para as suas ambições políticas.

Depois de ter prestado um mau serviço à sua Igreja e a si próprio, passou pela vergonha de ser obrigado a rejeitar o que aceitara e de ver regressar ao espaço mediático o pecado de que é acusado, crime de ocultação de pedofilia de um padre da sua diocese.

A Igreja dispensava o ruído e ele a vergonha.

Que o desmiolado autarca quisesse servir-se da sacristia é mero oportunismo, mas que o cardeal o aceitasse foi uma infâmia e, se o tolerarem os munícipes, uma vergonha.

Carlos Moedas mentiu: «Ao contrário do que resulta do comunicado da CML, a nova ponte resultou de uma ideia e de um projeto anteriores à JMJ e numa altura em que ainda não se falava do evento. (Carmo Afonso no Público de ontem), teve êxito no abuso com este atropelo à laicidade e à decência.

O cardeal e o autarca deram origem à petição que condena a decisão e, pior, a outra que a extrema-direita pôs a circular defendendo a peregrina ideia e associando um nome que jamais devia estar associado, o do Papa Francisco.

Se tiver menos sucesso agrava a imagem da Igreja que alegadamente defende.

Quando não há concursos públicos recorre-se a ajustes diretos.

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