Silly season e Marcelo
Nos anos setenta do século passado, quando os automóveis se vendiam sem aparelho de rádio, cabia a cada um a escolha e compra separada.
Foi assim que procurei um rádio, exigindo, condição sine qua non, que não captasse a Rádio Renascença. Não o conseguindo optei por um leitor de cassetes de alta fidelidade, que me acompanhou quatro anos e 150 mil quilómetros.
Hoje, com as televisões sem filtro para M. – O PR, omnipresente nos telejornais, sinto-me agredido enquanto espero notícias.
É certo que a imaginação delirante de Marcelo permitiu transformar o corriqueiro poder de promulgação de leis e decretos-leis em notícias, com prazo de reflexão e comentários antes, entretanto e depois.
Consegue transmitir aos portugueses, entre selfies e banhos filmados, a vontade de remodelar ministros, enquanto não tem quem substitua o PM por alguém do PSD com o partido fascista, em eleições livres.
No tempo do paizinho e do padrinho era tudo mais fácil! A mim bastava uma televisão sem Marcelo.
Comentários
O PR. está a tornar-se , simplesmente , insuportável !