Somos todos cardeal Clemente?

O edil de Lisboa, agora na vertigem da exposição mediática das JMJ, que declarou fazer tudo o que o PR e a Igreja mandassem, cumpre o programa do PR para ser o sucessor de Montenegro e tornar-se PM de Portugal. Do desgaste deste governo encarrega-se o PR.

Não é crível que a Igreja, para quem o cardeal é ativo tóxico, tivesse sugerido o nome, Ponte Cardeal Dom Manuel Clemente, para a ponte ciclo-pedonal entre Lisboa e Loures prevista antes das JMJ.

Por exclusão de partes é de admitir que fosse Marcelo a ´mandar’ dar o nome do bispo a quem lambeu a mão, gesto de rara indignidade para o PR de um país laico.

Que o desmiolado autarca queira servir-se da sacristia para as suas ambições políticas é um oportunismo que se compreende, mas que o cardeal o aceite é uma infâmia e que o tolerem os munícipes uma vergonha.

Moedas fez o que o salazarismo não ousou para o cardeal Cerejeira, o clérigo que ungiu a ditadura.


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