O Islão e a mulher
A ferocidade da invasão da Palestina por Israel é o maior travão à denúncia dos horrores a que o Islão condena as mulheres. O retrocesso civilizacional que as teocracias impõem no espaço público exige um sobressalto cívico e um grito de horror.
Não vale a pena apelidar de racista quem não se coíbe de
denunciar o fascismo islâmico, do mesmo modo que o apodo de antissemita não
deve intimidar a denúncia do sionismo.
O multiculturalismo não pode servir para esconder crimes e a
misoginia não é cultura, é crime. A violência reiterada contra os direitos
individuais, em especial das mulheres, em países onde a religião assume
contornos totalitários, escraviza as mulheres.
O diário El País denuncia uma vez mais um bárbaro crime da
teocracia islâmica do Irão, por sinal uma ditadura, tal como o Iémen, do Eixo
do Mal, e em linha com as teocracias do Eixo do Bem, da Arábia Saudita ao
Catar.
A lapidação das mulheres e as chicotadas são habituais,
perante a indiferença dos países democráticos onde a penetração dos bárbaros
costumes origina a onda de xenofobia que alimenta e dilata os partidos
fascistas.
A Europa parece esquecer o sangue vertido em guerras
religiosas que a ensanguentaram, a guerra dos Trinta Anos e a Paz de Vestefália
que permitiu, graças à repressão sobre o clero, a liberdade religiosa que é
hoje apanágio do espaço civilizacional que representa.
A tara não é exclusiva do Islão, mas é aí que medra o
proselitismo e a influência clerical que origina a patologia.
A notícia de capa do El País sobre uma mulher tornada paralítica
por disparos da polícia dos costumes, por falta do véu islâmico, não é apenas
mais um crime em nome da fé, é o desafio à liberdade, à civilização e aos
Direitos Humanos sob a alegada vontade de um profeta analfabeto e violento.
Mingua-nos autoridade para defender a democracia quando nos conformarmos com os atropelos aos mais elementares direitos humanos onde quer que se pratiquem.
Comentários