XXIV Governo Constitucional – #montenegronaomarcelonunca

Este governo já mostrou a sua eficácia na propaganda e na chantagem, só falta mostrar a capacidade para governar.

A folga orçamental, que negava contra o PS e instâncias nacionais e internacionais que monitorizam as contas públicas portuguesas, permitiu-lhe extinguir fogos na função pública, mas a falta de visão de conjunto ateou aí outros e ainda nos que não são da função pública contra os que são, antagonismo que Passos Coelho explorou habilmente.

Também a folga orçamental da Segurança Social, que dizia não existir, existe para dar algum dinheiro aos reformados e chantagear o PS para a aprovação do OE/2025.

Não é preciso ser economista para saber que as vultuosas verbas já comprometidas com aumentos permanentes a sectores da função pública, as já perdidas em sede de IRS e as que pretende entregar às grandes empresas em sede de IRC somam milhares de milhões de euros que serão pagos por todos ou amargados por quem mais precisa.

Sendo tão próximos os programas do PS e do PSD este corria o risco de desaparecer nos dois anos que ainda faltavam ao PS antes do golpe de Estado, graças ao PRR e à gestão orçamental que o PR interrompeu com mais uma dissolução da AR. 

A pressa de ocupar o aparelho de Estado levou o atual governo a substituições erráticas e a suspender reformas em curso substituídas por medidas avulsas cujo fracasso começa a ser evidente por entre a propaganda que não resistirá ao primeiro Orçamento da AD.

A manobra em curso conta ainda com a benevolência dos media e o apoio incondicional de Belém, apesar do ocaso da presidência errática que exonerou a honra e a dignidade a provocar a alternância e se arrasta agora desprestigiada. É por isso que a experiência dos Açores e Madeira, com o Chega, é negada na República para situar o PSD como partido charneira que engula o PS. 

A situação do PS é difícil perante a chantagem, mas a do País é pior. E as mentiras, por muito repetidas que sejam, não passam a ser verdades.