Ontem foi um dia rico em factos políticos e a minha mãe, apesar de ter trabalhado todo o dia estava muito bem informada. E do que não tinha visto, falei-lhe eu. Em Portugal, o governo de gestão, alheio à ética e à legalidade, foi ao Porto, ao mercado do Bolhão, em propaganda eleitoral e a lançar a candidatura do ministro Pedro Duarte à Câmara, perante o silêncio cúmplice do PR que só fala, e muito, quando não deve. Foi uma bela comemoração do aniversário da posse do Governo, conferida há 1 ano pelo pai, o PR, e com a mãe na assistência, a D. Lucília Gago, coautora do parágrafo assassino para o PM de um governo de maioria absoluta. Este governo cavaquista com sotaque do Norte, como diz a minha mãe, é tão excelente na propaganda como o PM a tratar da vida, seja a angariar avenças ou na administração direta da construção da sua mansão de Espinho. E, como a ética não é uma exigência do eleitorado de direita – disse a minha mãe –, só falta um ministro ser constituído arguido para o AD...