As eleições presidenciais do Benfica e a manifestação de trabalhadores em Lisboa

Ontem, com a Pátria suspensa das eleições presidenciais (do Benfica), a ameaçar uma longa noite para contagem dos votos em Portugal e no Mundo, desliguei cedo a TV.

Compreendi que a SIC-N, RTP-3; CNN; CMTV e NOW, justamente preocupadas com o que estava em jogo, nem em rodapé distraíssem os telespetadores dos mapas interativos e dos sábios que explicavam aos portugueses a evolução dos resultados.

Parece que nas duas voltas, a de ontem substituiu a anterior no Guiness, em número de votantes, um orgulho para Portugal e uma glória para o mundo, com a saborosa vitória de Portugal sobre a Espanha em número de eleitores que foram às urnas.

Sem querer fazer comparações vou referir-me a um assunto, secundário é certo, sem negar o mérito do regresso às boas tradições, a devoção a Fátima, o entusiasmo com o Futebol e o êxtase com o Fado ou pôr em causa Deus, Pátria e Família, a trilogia que regressa. Os leitores hão de perdoar-me a referência à manifestação com milhares de trabalhadores, promovida pela CGTP, a contestar em Lisboa alterações às leis laborais, que o Governo está a elaborar.

Não se duvida das boas intenções nem da argumentação convincente de que os trabalhadores não querem vínculos efetivos e se opõem a contratos experimentais que passem a definitivos ou a despedimentos que exijam justa causa.

Será, finalmente, a vitória do conceito de um grande ideólogo, Passos Coelho, que em 11-05-2012 o teorizou: «Despedir-se ou ser despedido não pode ser um estigma, tem de representar uma oportunidade para mudar de vida, tem de representar uma escolha livre, uma mobilidade da própria sociedade» (sic).

Deixo ainda as sábias palavras de um ex-deputado, autarca e governador Civil do PSD, que espalhou pelo Facebook, em 20 de outubro p.p.: «As pessoas que pagam impostos e que precisam dos serviços, escolas, hospitais, centros de saúde, tribunais … são novamente prejudicadas e desprezadas pelos grevistas. Os 3 maiores partidos poderiam e deveriam dar as mãos para responder com firmeza a esta rapinagem dos sindicatos».

Perdoem-me, pois, a referência à manifestação que apanhei por acaso num intervalo das eleições presidenciais referidas.


Na foto: desfile dos manifestantes captada por um jornal diário.

Apostila – Acordei com a notícia sobre a vitória avassaladora do incumbente.

Rui Costa continua, segundo ouvi, presidente de 8 milhões de portugueses.

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