PLANO DOS EUA PARA A PAZ NA UCRÂNIA (2) – Ontem no Facebook

1 – Este plano para a capitulação da Ucrânia, designado como plano para a paz, parece ter sido imposto à revelia das partes, pelo menos de uma, tal como o plano de paz para a Palestina, onde nem a Palestina nem Israel parecem ter sido ouvidos;

2 – A minha publicação, antes do anúncio por qualquer dos media portugueses a que eu tivesse acesso, deveu-se ao desejo de informar os meus leitores, em primeira mão;

3 – Cumprido esse desejo, li todos os comentários feitos até agora pelos meus leitores e a mágoa, revolta e azedume dos que se pronunciaram;

4 – Soube posteriormente que esta proposta foi apresentada a Zelensky com ultimato cuja resposta terá de ser dada até à próxima 5.ª feira;

5 – Independentemente de vir a pronunciar-me sobre o fim ou continuação da guerra na Ucrânia e as implicações para a UE, respondo a um aleivoso comentário que sub-repticiamente insinua a minha satisfação com o referido plano:

– Não fui consultado, não interferi na sua elaboração e não emiti qualquer juízo de valor sobre o mesmo, de onde é abusivo, malévolo e covarde associar-me ao referido plano ou inferir o meu estado de alma a esse respeito.

Comentários

Carlos Antunes disse…
Carlos Esperança
Não tenho Facebook e portanto não vi os comentários que nesta rede foram feitos à sua publicação.
Sinceramente, tendo em conta o passado deste blogue, sei que não defendeu o dito plano de paz Trump para a Ucrânia e que se limitou ao desejo de informar os leitores da “Ponte Europa” transcrevendo na íntegra o referido plano.
Agora que os russófonos/putinistas portugueses que proliferam na blogosfera e nas redes sociais, sempre tão críticos da administração americana Trump, estão agora do seu lado e se regozijam com o plano por este representado (o da capitulação da Ucrânia) disso não tenho a menor das dúvidas.

Foi exatamente o que fiz. Nunca acompanhei um ditador. E embora seja crítico da forma como a UE chamou a si, sem meios militares, o compromisso de enfrentar a Rússia, jamais seria absolveria uma invasão.
JA disse…
Cada vez que acho pertinente dar opinião acerca do que aqui se escreve, faço-o. No caso que agora se discute, não ousei comentar o dito plano, pelo simples facto de não conseguir discernir se o mesmo é justo, ou não. Ou, ao menos, se o mesmo poderá ser uma base para a discussão aceite pelas duas partes directamente envolvidas no conflito. Para que não haja dúvidas, declaro, desde já, que no meu entendimento os verdadeiros contendores são os EUA e a Rússia, sendo que a Ucrânia é mero instrumento, o maior martirizado, no conflito. Se assim for, e tivermos como objectivo buscar a paz, não vejo grande utilidade em discutir se o Plano corresponde a uma "capitulação da Ucrânia", mais me parecendo esta visão um novo argumento usado por aqueles que pretendem continuar a guerra. Quem sabe se o dito Plano não corresponde à capitulação encapotada dos EUA, pretendendo salvar a honra e, ainda, cinicamente, chorudos lucros?
Cabe, apenas, ao povo ucraniano decidir se deve insistir na guerra, assumindo todos os riscos da sua decisão! Não tem é o direito de esperar o envolvimento da Europa numa guerra maior, sem sentido, que trará o caos mundial. Finalmente, desculpe-me, sr. Carlos Esperança, também não me parece de grande valor argumentativo, trazer para a discussão desta questão a natureza ditatorial do poder Russo! A guerra, nos moldes em que nasceu, poderia muito bem surgir pelo embate de dois poderes imperialistas "democráticos", dois EUAs, por exemplo. E o argumento poderá servir para encobrir a verdadeira natureza da guerra, como pretendem os seus verdadeiros fautores, desde o início. Aliás, o comentário do sr. Carlos Antunes, quando fala nos "russófonos/putinistas", irá nesse sentido que, julgo nefasto para a paz.
JA, no meu ponto de vista é um plano de capitulação, independentemente de a capitulação estar à vista no teatro de guerra. Falar das razões que levaram à invasão da Ucrânia, que têm sido omitidas e impedidas de discutir sem anátemas, é outro assunto.

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