Quo vadis, Europa?

Angela Merkel afirmou, no passado sábado, que o modelo de uma Alemanha multicultural falhou. O problema da imigração, depois da publicação do panfleto Sarrazin [um provocador racista demitido do Bundesbank], fracturou a sociedade alemã.

Presentemente, Merkel considera que o projecto de co-habitação multicultural foi derrotado pelo peso da cultura muçulmana [emigrantes]. lemonde

Embora continuando a afirmar que a Alemanha continua aberta ao Mundo, Merkel, acrescentou: “Nós não temos necessidade de uma imigração que pese sobre o nosso sistema social”.

Merkel não sentiu necessidade de diferenciar co-habitação e integração. Em plena saída da crise a Alemanha levanta problemas muito próximos da xenofobia sob a pressão da Direita [que faz um aproveitamento hipócrita da crise].

A deriva de Merkel não anda muito distante da querela identitária manipulada por Nicolas Sarkozy, em França.

Comentários

Anónimo disse…
com 5 milhões de turcos
mais uns centos de milhares de bósnios albaneses
e meio-milhão de magrebinos iranianos do tempo do xá e posteriores e iraquianos

em 10 milhões de emigrantes muitos não registados

claro que é muito numa alemanha que nem dos alemães orientais gosta
Graza disse…
No DOC Lisboa passou o documentário Qu’ils reposent en révolte (Des figures de Guerre), que nos relata as cenas dos imigrantes em Calais, maioritariamente afegãos e magrebinos - gente de origem suburbana conhecedora da movimentação nas urbes com aspirações a metrópoles e aí diferentes dos pobres afegãos e magrebinos - vítimas do negócio dos passadores (5.000 a 10.000 euros por passagem) que não tenhamos dúvida exponenciam este problema ao criarem nos países de origem as quimeras que acabam em miséria debaixo de pontes e parques insalubres onde vegetam e onde a saída é a mutilação da sua identificação digital através de ferros em brasa nos dedos. Na falta do filme deixo este vídeo Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=v3x6EwWhYjE onde há várias reportagens sobre isto. O slogan era: No borders, no nations, stop deportations. Confesso que sobre este problema tenho mais dúvidas do que certezas. O filme era a preto e branco, mas não me parece que o problema o seja.

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