Afinal, como é...?

Marques Mendes, ex-líder do PSD, denunciou na «Edição das Dez» da TVI24 o aumento «escandaloso» do salário dos gestores de empresas públicas como a CP, a Carris ou a Administração do Porto de Lisboa (APL).

Após consulta ao site do Ministério das Finanças, revelou:
... "Eu detectei o ano passado já ano de crise», na Administração do Porto de Lisboa, «o presidente passou de um vencimento 4752 euros para 6357, um aumento de 34 por cento. Os vogais passaram de 4202 para 5438 euros, mais 29 por cento, a que acrescem 35 por cento de despesas de representação»...
..."Na CP, aquela que tem mais chefes que trabalhadores, não é assim, mas é quase, por despacho de dois membros do Governo, Finanças e Transportes, o presidente passou o vencimento de 4752l euros para 7225 euros, um aumento de 52 por cento. Os vogais passaram o seu vencimento de 4200 para 6719 euros um aumento de 59 por cento".
diario.iol

O Ministério das Obras Públicas apressou-se a desmentir Marques Mendes:

..." Em comunicado, o Ministério das Obras Públicas rejeitou as críticas de Marques Mendes sobre os aumentos salariais dos gestores públicos, esclarecendo que a actualização salarial foi de 2,9 por cento e não de 65 por cento conforme acusou o ex-líder do PSD"...

..."O Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC) esclareceu entretanto, num comunicado, que, em 2009, o quadro remuneratório dos administradores destas empresas deixou de incluir as componentes de despesas de representação e acumulação de funções, pelo que houve um acerto na remuneração base..." tvi24.

Mais uma vez, Marques Mendes voltou à carga:

..."O MOPTC 'na prática confirma' tudo o que afirmou na TVI24, ou seja «a alteração remuneratória de vários gestores de 2008 para 2009"...
Quanto ao argumento do Ministério de que a partir de 2009 tinham terminado as despesas de representação, Marques Mendes diz que foi então criado "um novo tipo de remuneração complementar (que o Governo expressamente omite), chamada remuneração variável anual, de 35% sobre o valor da remuneração base (ou seja, a mesma percentagem das anteriores despesas de representação), sendo normal a sua atribuição porque é normal que os objectivos sejam anualmente cumpridos"... iol.pt/politica

Chama-se a isto, baralhar e voltar a dar...
Mas deverá restar uma certeza [ou um voto]. Os portugueses esperam que - em nome dos esforços para que têm sido repetidamente convocados - melhores e mais rigorosos esclarecimentos sobre um assunto deste teor, aparentemente, não relevante mas que, nos tempos que correm, "apaixona" a opinião pública: os "marajás" das IP's/EP's/EPE's...
Melhor seria enviar - celeremente - as contas destes organismos para uma auditoria do Tribunal de Contas.

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