CONSELHO DE ESTADO: o prenúncio do FMI?
Após a ruptura nas conversações entre Teixeira dos Santos e Eduardo Catroga acerca do OE/2011, seguem-se vários actos políticos institucionais e toda uma parafernália de manobras que vão das discretas pressões às movimentações de poderosos lobby’s.
Interessam fundamentalmente os actos políticos institucionais.
O Governo será confrontado – na próximas horas - em Bruxelas com a necessidade de obter um consenso orçamental.
A realização sexta-feira do Conselho de Estado – em cima do momentol - interfere com o inevitável “prestar de contas europeu”. Acentua o clima de indefinição e aprofunda o carácter gravoso do actual momento político.
O Conselho de Estado – basta ter estado atento às dispersas tomadas de posição dos diferentes conselheiros – pressionará, tanto o PSD como o PS, para chegarem a um entendimento e viabilizarem o OE.
Se for conseguido esse objectivo, que será tranquilizador para o País e para os mercados, o que sendo louvável, não esconde o reverso da medalha.
O sucesso das diligências do Conselho de Estado – e esta será a expectativa do País real - trará a Cavaco Silva, na área institucional, o reforço da sua margem de manobra, quer na interferência política no aparelho de Estado, quer no desenrolar da sua campanha eleitoral.
Dentro daquela verdade, muitas vezes ignorada em política, de que nem todos podem ganhar, um órgão de soberania sairá – deste Conselho de Estado – mais enfraquecido do que já está: o Governo.
Sócrates irá a Bruxelas quase nas mesmas circunstâncias que o aio Egas Moniz se deslocou [no séc. XII] a Toledo. Só que Angela Merckel não é Afonso VII, nem vivemos no Séc. XII!
A intensificação do cerco ao actual Governo torna cada vez mais evidente e clara a estratégia da Direita.
Uma projectada [...e calendarizada] queda do XVIII Governo Constitucional, após as eleições presidenciais, que eventualmente proporcione a tomada do poder ao Centro, ou a uma coligação Centro-Direita, trará sempre um período de instabilidade política com inevitáveis [más] repercussões na situação económica e financeira. Fica, então, aberta [pelo Centro e pela Direita] a porta ao FMI. E o ónus desta inquietante interferência será endossado à inépcia do actual Governo.
Depois, é tudo mais fácil [politicamente]. Pouco mais haverá a fazer do que agachar-se, quando existir alguém, cá dentro [FMI], a impor soluções [que olimpicamente dispensam consensos].
Mas os portugueses sabem que estas "facilidades no campo político" serão duras e rígidas [intoleráveis?] no campo da austeridade.
Interessam fundamentalmente os actos políticos institucionais.
O Governo será confrontado – na próximas horas - em Bruxelas com a necessidade de obter um consenso orçamental.
A realização sexta-feira do Conselho de Estado – em cima do momentol - interfere com o inevitável “prestar de contas europeu”. Acentua o clima de indefinição e aprofunda o carácter gravoso do actual momento político.
O Conselho de Estado – basta ter estado atento às dispersas tomadas de posição dos diferentes conselheiros – pressionará, tanto o PSD como o PS, para chegarem a um entendimento e viabilizarem o OE.
Se for conseguido esse objectivo, que será tranquilizador para o País e para os mercados, o que sendo louvável, não esconde o reverso da medalha.
O sucesso das diligências do Conselho de Estado – e esta será a expectativa do País real - trará a Cavaco Silva, na área institucional, o reforço da sua margem de manobra, quer na interferência política no aparelho de Estado, quer no desenrolar da sua campanha eleitoral.
Dentro daquela verdade, muitas vezes ignorada em política, de que nem todos podem ganhar, um órgão de soberania sairá – deste Conselho de Estado – mais enfraquecido do que já está: o Governo.
Sócrates irá a Bruxelas quase nas mesmas circunstâncias que o aio Egas Moniz se deslocou [no séc. XII] a Toledo. Só que Angela Merckel não é Afonso VII, nem vivemos no Séc. XII!
A intensificação do cerco ao actual Governo torna cada vez mais evidente e clara a estratégia da Direita.
Uma projectada [...e calendarizada] queda do XVIII Governo Constitucional, após as eleições presidenciais, que eventualmente proporcione a tomada do poder ao Centro, ou a uma coligação Centro-Direita, trará sempre um período de instabilidade política com inevitáveis [más] repercussões na situação económica e financeira. Fica, então, aberta [pelo Centro e pela Direita] a porta ao FMI. E o ónus desta inquietante interferência será endossado à inépcia do actual Governo.
Depois, é tudo mais fácil [politicamente]. Pouco mais haverá a fazer do que agachar-se, quando existir alguém, cá dentro [FMI], a impor soluções [que olimpicamente dispensam consensos].
Mas os portugueses sabem que estas "facilidades no campo político" serão duras e rígidas [intoleráveis?] no campo da austeridade.
Neste momento, torna-se incrivelmente nítido que o programa económico e financeiro do PSD para Portugal é simples: o FMI!
Comentários
Os bois, esses, devem ser chamados pelos nomes. É o que não costuma fazer-se por aqui...