Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Estará, de molho, à espera do timing certo.
Mas desta refrega orçamental ninguém sai inocente, nem imaculado.
Hoje, ou amanhã, melhor, quando os políticos fizerem o obséquio, o comunicado do acordo será uma "nova" bafienta. Um facto importante que obsoletas tácticas de marketing tornaram numa não-notícia.
Não é impunemente que se coloca os portugueses e as portuguesas debaixo de uma intensa pressão e tensão... e, já depois de tudo acordado, insiste-se em fazer "jogo debaixo da mesa"...
Porque, a primeira ilação será que - todo este suspense - significa: "jogos de poder" e, pior, amadorismo político [ambos não fizeram seriamente o trabalho de casa].
O acordo [artidário] obtido sobre um Orçamento, tantas vezes apelidado de mau, sempre foi uma inevitabilidade [nacional].
Mas, voltando ao acordo, que sendo um epilogo previsto em vez de provocar festança vai despertar novos "ódios" aos políticos.
Aos que segundo a gíria popular: "andaram a gozar com o pagode"...
É que não escarnece [goza] quem quer, só quem pode.