Co-incineração
Após a comunicação social ter referido o silêncio de Carlos Encarnação em relação à necessidade, ou não, de um estudo de impacte ambiental para Souselas, apressou-se o edil a consultar o Provedor do PSD para o Ambiente, Salvador Massano Cardoso.
O antigo deputado do PSD à A. R. foi categórico: «A co-incineração em Souselas exige um estudo prévio de impacte ambiental».
Assim, tudo acaba em bem:
1 – A co-incineração avança;
2 – O presidente da Câmara salva a face, com efeitos retroactivos;
3 – O Provedor do PSD para o Ambiente justifica o lugar.
O antigo deputado do PSD à A. R. foi categórico: «A co-incineração em Souselas exige um estudo prévio de impacte ambiental».
Assim, tudo acaba em bem:
1 – A co-incineração avança;
2 – O presidente da Câmara salva a face, com efeitos retroactivos;
3 – O Provedor do PSD para o Ambiente justifica o lugar.
Comentários
Estamos há demasiados anos a mastigar...no mesmo.
Quando, um dia, fizermos a história da co-inceneração em Portugal vai visualizar-se um sinuoso trajecto de opiniões, conselhos, posturas, oportunismos,interdependências, etc. que, com certeza, não dignificarão os poderes: local e central.
Embora pessoalmente mantenha a minhas dúvidas sobre as virtudes intrinsecas deste processo de tratamento de resíduos, como cidadão, acho que não pode haver, no campo político, mais tergiversações.
Um País permanentemente adiado - NÂO!
Resta-nos exigir uma eficiente monitorização das condições ambientais e sanitárias da região a partir da entrada em funcionamento da co-inceneração (em Souselas e na Arrábida)
Feita por organismo (credível e idóneo)independente do governo.
Assuntos banais se tornam grandes e inflamadas causas.
Este é um atributo da política...
Com este facto podemos também aprender!
Outra questão é deturparmos, iludirmos ou ignorararmos grandes causas.
A grande causa é (será) a imperiosa necessidade (a urgência) de tratarmos os resíduos industriais. Esta é uma questão política (pública) que, passados todos estes anos, se tornou inadiável. Para ontem.
Os métodos, e consequentemente os locais (onde),são questões técnicas que devem de ser resolvidas no âmbito da estrita idoneidade técnica e científica com total salvaguarda dos eventuais efeitos colaterais (acidentes)tanto no aspecto sanitário (das populações da àrea de instalação) como no respeito pela perservação ambiental.
Portanto a inflamada questão da co-incineração (ou a incineração dedicada) não é, nem se tornou, um assunto banal. É um assunto fulcral, premente, para o saneamento do território. Só que ao "perdermos" muito tempo para decidir - caímos na tentação de deixar banalizar a questão (ou torná-la banal - o que é diferente).
Eu espero estar na linha da frente.
O hilariante - sob o ponto de vista da inconsciência política;
e,
o trágico na perspectiva do acautelamento do futuro;
é que, maioritariamente os eleitores de Souselas, nas últimas eleições legislativas, votaram PS.
Esperemos pelas cenas dos próximos capítulos...