Cavaco pressiona novo pacto Sócrates/Mendes
Não acredito nas pressões do Presidente da República sobre o Governo porque tenho como sério o homem e conhecedor dos deveres constitucionais o chefe de Estado.
Não é possível que o P.R., apesar do perfil executivo, exceda os limites éticos das suas funções e arrisque perder o respeito que todos lhe devemos. O Governo faz os acordos que julga úteis sem consentir interferências de outros órgãos da soberania.
O pacto da justiça correu bem e o P.R. teve um papel que o honra na cobertura que lhe deu à posteriori. Se o pressionou antes, abusou das funções e abriu um precedente.
Claro que a direita, a direita do liberalismo selvagem, não hesitará em comprometer o mais alto magistrado da nação e pressionar Sócrates a tomar decisões que ela não pode ou não foi capaz.
Borges, Carrapatosos, Ferrazes da Costa e outros corifeus da direita pura e dura desejam desmantelar a Segurança Social, mas não pode ser o PS o coveiro do Estado social, nem a hipotecar o futuro dos portugueses nas mãos dos privados sob coação do P.R..
O Presidente da República é um árbitro essencial à defesa do regime democrático e o defensor da Constituição que jurou defender e fazer respeitar.
Colocar o P.R. como muleta do PSD para descaracterizar o PS só pode ser manobra de uma direita que não se conforma com os resultados eleitorais e está desiludida com o candidato em que foi obrigada a votar.
Estou certo de que tudo não passa de uma manobra para desacreditar o PS, fragilizar Sócrates e comprometer Cavaco, enquanto a direita lambe feridas da derrota nas legislativas e trava uma luta fratricida.
Não é possível que o P.R., apesar do perfil executivo, exceda os limites éticos das suas funções e arrisque perder o respeito que todos lhe devemos. O Governo faz os acordos que julga úteis sem consentir interferências de outros órgãos da soberania.
O pacto da justiça correu bem e o P.R. teve um papel que o honra na cobertura que lhe deu à posteriori. Se o pressionou antes, abusou das funções e abriu um precedente.
Claro que a direita, a direita do liberalismo selvagem, não hesitará em comprometer o mais alto magistrado da nação e pressionar Sócrates a tomar decisões que ela não pode ou não foi capaz.
Borges, Carrapatosos, Ferrazes da Costa e outros corifeus da direita pura e dura desejam desmantelar a Segurança Social, mas não pode ser o PS o coveiro do Estado social, nem a hipotecar o futuro dos portugueses nas mãos dos privados sob coação do P.R..
O Presidente da República é um árbitro essencial à defesa do regime democrático e o defensor da Constituição que jurou defender e fazer respeitar.
Colocar o P.R. como muleta do PSD para descaracterizar o PS só pode ser manobra de uma direita que não se conforma com os resultados eleitorais e está desiludida com o candidato em que foi obrigada a votar.
Estou certo de que tudo não passa de uma manobra para desacreditar o PS, fragilizar Sócrates e comprometer Cavaco, enquanto a direita lambe feridas da derrota nas legislativas e trava uma luta fratricida.
Comentários
"Cavaco pressiona novo pacto Sócrates-Mendes." Da leitura do artigo do DN, não deduzo que Cavaco tente ou queira tentar pressionar novo pacto Sócrates – Mendes. Dizer-se que o PR está a exercer uma forte pressão sobre o Governo de José Sócrates para obter um acordo com o PSD na reforma da Segurança Social é um pouco abusivo, por tratar-se de um comportamento que lhe é vedado.Eu acho que a imprensa devia ser mais leal. Porque tem um destinatário e um objectivo. E o objectivo é informar correctamente. Entre a actuação do PR e a imprensa, acho mais deselegante a atitude desta.Bom o artigo do CE.
JS
A leitura do DN não justifica o título mas as televisões têm insistido.
Assim, na modéstia da minha intervenção cívica, deixei o aviso de reduzido eco.
«Quem faz o que pode, faz o que deve», como escreveu Torga.
Já mudou o discurso. Agora é só beijinhos e abraços.
CE:
Também gostaria de pensar assim...
Vejamos:
Marques Mendes propõe - insistentemente - um pacto PS-PSD, na segurança social:
3 Set 06 (encerramento da Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide;
9 Set 06 (13º Salão Profissional de Moda, em Lisboa);
10 Set 06 (festa distrital dos sociais-democratas de Bragança numa aldeia de Vinhais, Vale das Fontes).
Cavaco Silva:
10 Set 06 (Lamego - comemorações da Região Demarcada do Douro):
O PR mostrou-se hoje "favorável" a um entendimento político sobre a reforma da Segurança Social, que conte também com a adesão dos agentes sociais, para garantir a sustentabilidade do sistema.
Nota: Cavaco intoduz uma "nuance" ao discurso de M Mendes:
"a adesão dos agentes sociais"....
11 Set 06:
M Mendes apressa-se a reunir com a CGTP...e invectiva: "aos socialistas que não deixem os preconceitos ideológicos impedir um possível acordo".
Mais adiante chamar-lhes-á "caprichos ideológicos de esquerda", para do alto dos seus tamancos rematar: "que hoje em dia estão completamente ultrapassados".
Parece aquele filme "O Silêncio dos Inocentes".
Apostilha:
Sócrates sentiu-se cercado e sugeriu:
"se há propostas de última hora em relação à Segurança Social, então serão discutidas na Assembleia da República, mas com números em cima da mesa." (Fórum Novas Fronteiras, no Porto.
Estrategicamente, e bem, recua. Sabe que na AR o PSD está desamparado, retira-lhe protagonismo e dilui o problema da Seg. Social pelos partidos, em sede própria.
O PR estará em Belém, suponho que a estudar os deveres constitucionais do Chefe de Estado, como sugere o post.
Na 5ª. feira seguinte puxará as orelhas a Socrates. Entretanto, a vida continua... espero que continuando:
"cada macaco no seu galho"!