Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c
Comentários
O TERRORISMO,.DURÃO BARROSO E S.S. O PAPA
O terrorismo, como, não podia deixar de ser, está aí com a maior pujança. Mas atribuir essa maior pujança à guerra do Iraque (guerra que considero injusta...entenda-se) não é, do meu ponto de vista, uma justificação honesta. E não é, porque aparentemente, parece que há terrorismo apenas porque há guerra no Iraque. Mas não é; há terrorismo porque nós somos todos uns turras uns para os outros e temos atitudes terroristas uns para os outros. Se nos recordarmos, o terrorismo começou muito antes da guerra do Iraque. Nunca mais me esqueço, daquele comentário do chauffer da camioneta que apanhei em Beja para Lisboa, quando vinha de FRANÇA de uma visita a uns familiares meus, e que, quando eu disse que o mundo estava complicado o condutor observou-me:- bastam dois, se um disser que está quente e o outro disser que está frio, começa a desordem. O terrorismo está a crescer e está em todo o lado porque vivemos numa sociedade de competição e não somos solidários; somos agressivos e queremos colocar os nossos interesses acima de tudo.
Quanto ao discurso de Durão Barroso estar desapontado por os líderes europeus não apoiarem Sua Eminência o Papa, eu também estou, por achar que o normal era esses líderes estarem do lado do Papa e pronunciarem-se a seu favor. Mas não se pronunciando, revelaram uma atitude prudente, que se compreende. Porque talvez que se os tais líderes se pronunciassem a favor de Sua Santidade era motivo, este sim, para aumentar o terrorismo.
JS
Vem desmascarar o slogan de Bush - e que os seus apaniguados políticos repetem "ad nauseum" - de que o "MUNDO ESTÁ MAIS SEGURO".
Claro que o terrorismo não começou nem vai acabar na guerra do Iraque. Mas passa por esse enorme erro, essa gigantestica tentativa de manipulação da opinião pública mundial e, o que é mais grave, pelo arrogante rasgar dos princípios do Direito Internacional.
As "provas" contra o Iraque que estavam nas mãos do Sr. Bush e que o Sr. Barroso foi (na companhia do Sr. Blair) espreitar a Londres eram, para usar uma expressão que há pouco tempo esteve na ribalta - uma enorme cabala política. Que não é tão inofensiva - para além de destruir um País e colocá-lo no caminho de uma guerra civil, provocou milhares de mortos e estropiados (americanos e iraquianos).
Neste momento, acho que estando o Sr. Barroso em época de desejar indignações europeias, estas deviam começar por questionar a sua capacidade de exercício como presidente da UE. Na verdade ou estamos na presença de um mentiroso (não viu provas nenhumas) ou de um ingénuo (viu mas não percebeu a manipulação que estava a ver).
Quanto ao Papa, o Sr. Barroso lavra noutro equívoco (para não estar a dizer sempre erro).
A Europa não deve (nem pode)mobilizar-se em torno de questões religiosas.
Bento XVI cometeu um erro quando proferiu na Universidade de Ratisbona aquela oratória. Não há milagre que consiga iludir isso.
A reacção do Mundo Mulçulmano é consequência desse erro.
Mas não venham confundir a indignação religiosa dos muçulmanos (que poderá ser avaliada em diversas perspectivas)com campanhas ou a luta antiterrorista. E, as exigidas e inquestionáveis solidariedades daí decorrentes, sempre de acordo com a visão e a estratégia norte-americana. Senão estaremos à beira de novas cruzadas.
As sucessivas e enfandonhas justificações do Papa, aquilatam da dimensão e gravidade desse erro.
Deixemos essa questão, se B XVI tiver essa honestidade, para os orgãos de diálogo inter-religioso. É lá a sua sede própria.
Isso não tem nada a ver como a União Europeia. Que poderá vir a ser (o caminho está difícil) uma entidade política, económica, social e até cultural - mas nunca uma entidade religiosa.
Em Roma o Papa terá de ouvir ressonância biblica: "a Deus o que é de Deus - a César o que é de César". O presidente da Comissão Europeia, não chega aí.
O Sr. Barroso com esta posição mostra-se um fraco (dispensável) líder europeu mas, em contrapartida um acérrimo militante contra tudo o que venha do mundo árabe.
Mostra, além disso, uma insuficiente capacidade de interpretação e análise das questões que agitam o mundo.
Estas deficiências não servem os desígnios humanitários (sublinho humanitários para excluir as restrições as liberdades fundamentais, Al Graib, Guantanámo, etc. ) da luta antiterrorista e, pior do que isso, são um virar de costas aos caminhos da Paz.
O Sr. Barroso é um alinhado incondicional do Sr. Bush, o que na altura da nomeação lhe valeu, mas cada dia que passa, esse facto, torna-se um grave empecilho para a sua carreira política internacional. Ficou marcado e tornou-se um político datado.
Já se apercebeu disso e, neste momento, começou a intervir mais frequentemente (preparar o regresso?) na política nacional.
Sendo, nos dias que correm, um sobressalto acidental para os cidadãos europeus, tornar-se-à num pesadelo para os portugueses.
AO AUTOR DO ARTIGO ANTERIOR.
Li o seu texto com atenção. Tem uma virtude:- todo ele é coerente. Aliás, textos seus que tenho lido aqui, todos eles contêm essa mesma particularidade. Acho que será difícil v. sair dessa linha. Mas penso que o senhor não é feliz porque a sua maneira de ver as coisas ( que me parece correctíssima...) é séria. O senhor é claro naquilo que diz e certamente pensa, mas penso que o mundo e o senhor não têm o mesmo conceito de verdade. O senhor não acha isso?: Quantas vezes já partiu a bengala?... Queira aceitar os meus respeitosos cumprimentos.
JS
Já "parti a bengala" muitas vezes.
Mas todos os dias junto e colo os cacos para continuar com ela na mão.
Se não fizer assim, fico desarmado... na minha cidadania.
O seu comentário onde toca, com elegância, num aspecto importante da vida ... "Mas penso que o senhor não é feliz"...espevitou-me no sentido de lhe enviar, com respeito, um poema de Fernando Pessoa, que me parece vir a talhe de foice.
"Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz-
Ter por vida a sepultura.
...
Grécia, Roma, Cristandade,
Europa - os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?"
Que o terrorismo não tenha começado com a guerra no Irak, é uma evidência, só pessoas de memória curta como ele é que diriam o contrário. Lembro simplesmente, que para justificar a intervenção no Irak, esse tipo, perante a Assembleia da Républica, (falando em nome de todos os portugueses??? de que direito???) dizia que essa intervenção tornaria o mundo melhor.
Esse Barroso, que tanto virou a casaca, é de qualquer maneira a terceira escolha para a presidência da comissão europeia, e espero que os outros comissários não o vão seguir nesse terreno da religião.
Viva.
Vou preparar uma resposta a eh-pá (é assim?...) e depois coloco aqui, OK. Venha ver..
JS
AO PENÚLTIMO AUTOR. (ser ou não ser feliz eis a questão....)
Gosto da sua prosa considerando-a até sóbria e respeitável. Nota-se nela uma preocupação ( ou será uma exigência pessoal?...) de honradez. Há firmeza naquilo que diz. Conheço-o apenas através da sua maneira de se expressar e parece-me estar perante um “ velho” duro de roer. Maduro e experiente. Pressinto que a vida não lhe foi fácil. Com vida fácil ou não, penso que estou a dirigir estas palavras a um combatente. Que acredita em si e que luta pelos seus ideais. E que estuda e lê. Compenetrado e exigente. Que quando fala sabe do que fala. Não é para o ofender ( aliás nada do que digo atrás o é) mas parece não brincar em serviço, daí já ter “partido a bengala” muitas vezes....
A expressão cidadania que usa, não é um título que se ganhe à bengalada.... como humoristicamente insinua. A cidadania, como sabe, é uma qualidade que usufruímos por sermos detentores de direitos civis e políticos no Estado onde vivemos, ou por termos prestado serviços relevantes à edilidade onde vivemos ou por aí termos tido desempenhos nobres e honrosos. Não sei se é este o seu caso; se for os meus parabéns. De mim terá todo o respeito enquanto homem e cidadão.
Disse-lhe e mantenho que o senhor não deve ser feliz, mas penso que não me expliquei bem. Ao dizer isso, queria dizer que aquilo que se passa no mundo que o rodeia talvez o atormente e o conduza a essa tal infelicidade de que falo. Porque há aqui uma característica que notei o senhor possuir que em nada o beneficia, que é o sentido de justiça que o senhor exige do mundo e ele não tem isso para lhe dar. O mundo em que vivemos é gerido por homens que se vergam aos interesses, que ofendem e prejudicam, que querem ser os detentores das mais valias, que se insinuam como grandes líderes e não são, que nada dão de si aos outros mas sabem reivindicar para si, que mentem, que vivem prosperamente, que viajam por todo o lado e vestem nos melhores alfaiates e por aí fora. Portanto, esses homens são os privilegiados. Mas porque é que hão-de ser apenas alguns os que desfrutam de todo este bem estar e tranquilidade? Porque é que existe esta minoria vencedora? Ora, é na falta de resposta que me faz infeliz e, penso, ao senhor também. Eis a razão da minha citação. Concorda?
Quanto ao poema de F. Pessoa, que achei óptimo, retiro os seguintes versos:- Triste de quem é feliz!/
Vive porque a vida dura./Nada na alma lhe diz/Mais que a lição da raiz/Ter por vida a sepultura.
... porque sintetizam bem, o drama que é viver. Eu sei que o senhor não se limita a viver a vida dentro do âmbito clássico; ultrapassa esses limites. Mas não acredito que mesmo com essa atitude ( não ter apenas por meta de vida a sepultura ) a coisa corra sobre rodas. Como eu, penso que o senhor pretende um mundo melhor. Mas esse não há ainda. Mas o senhor e eu queremos que esse mundo venha. Mas não vem. E ainda acha que se pode ser feliz assim?!...
Respeitosamente.
JS
DUAS NOTAS:
1) O artigo que escrevi é dirigido a eh-pá, que publicou a poesia dE Fernando Pessoa.
2) Peço desculpa pela repetição.
JS
Tomei a liberdade de eliminar a repetição. Considerei-a, como de facto foi, involuntária.
Apreciei muito o seu comentário que li com toda a atenção. Agradeço-lhe a maneira franca e directa como abordou a questão.
Sobre o problema de ser feliz, ou não, tomo a liberdade de retirar-lhe do contexto uma pequena frase:
"queria dizer que aquilo que se passa no mundo que o rodeia talvez o atormente e o conduza a essa tal infelicidade de que falo."
A minha posição sobre o mundo que me rodeia pode resumir-se - para atalhar razões - numa citação de Jaime Cortesão:
"só é derrotado quem desiste de lutar".
E como não me acomodo a qualquer derrota prévia continuarei a lutar, por tudo o que valer a pena, incluindo, como é obvio, a minha felicidade... e a dos "outros".
A lutar convicto e alegremente.
Apresento-lhe os meus respeitosos cumprimentos.
Meu Caro,
Viva.
Agrada-me que tivesse lido e respondido ao meu escrito.Agradeço-lhe portanto e sugiro-lhe uma troca de ideias de vez em quando. Gostei da frase do Cortesão encaixada "en su sitio".
Aceite os cumprimentos do
JS
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