Pensões dos combatentes
Não discuto a justiça da medida mas condeno as razões políticas e a falta de sustentação financeira.
O Governo que tomou esta decisão sabia que não tinha os meios para a concretizar.
Em época de caça ao voto, esta medida foi filha da incompetência de Bagão Félix, da demagogia de Paulo Portas e da desatenção de Durão Barroso, a pensar na fuga.
Comentários
É a vida!
Limito-me a registar o adjectivo e o respectivo grau.
Mas pergunto-lhe se havia cabimento orçamental para a demagógica decisão.
Andaram eles a lutar por um país que os renega constantemente, ainda há poucos dias vi uma reportagem sobre os cidadãos portugueses africanos, que estiveram nas nossas fileiras, e foram simplesmente abandonados, proscritos e deixados à morte por esta gente sem escrúpulos que se auto intitulam líderes desta república das bananas. A esquerda terá principais responsabilidades, mas todos sem excepção são mentores deste estado de coisas.
Uma resposta semântica.
Você faz-se a si mesmo Carlos Esperança.
manel
A vaca demagogia será que dá alguma coisa para comer?
Durão Barroso não fugiu. Foi-se embora. Quando cumprem promessas eleitorais,(raras vezes), de qualquer maneira são as gerações seguintes a pagar.
Bom!!!
Entretanto, a CGA pagou as pensões e, por isso injectou dinheiro na economia. O marasma económico dos ultimos anos seria ainda pior senão. Agora que segundo parece, a economia está a melhorar, (eu não vejo nada), haverá mais receitas para o Estado, podendo então pagar as dividas à CGA.
Senão, serão as gerações seguintes a pagar. Um esforço, (sempre dos mesmos), para não deixar-mos os nossos filhos endividados e o resto são lamentações individuais e individualistas.
O regime fascista mandou-me para a guerra colonial onde passei 26 meses. Ao todo perdi quatro anos e quatro dias numa guerra injusta, inútil e criminosa.
Não querendo ser mauzinho mas antes espirituoso (como o espumante) você também não perdeu tudo.
Não perdeu nada que lhe faça falta (digo eu) e até ganhou uns anos a mais para a reforma.
Comecei a trabalhar aos 18 anos como professor do ensino primário.
Reformei-me com 44 anos e alguns meses de trabalho e descontos.
Como era professor efectivo, continuei a fazer descontos.
De qualquer modo nunca os meus interesses interferiram nas minhas convicções.
Braveman:
O regime fascista mandou-me para a guerra colonial onde passei 26 meses. Ao todo perdi quatro anos e quatro dias numa guerra injusta, inútil e criminosa.
Isso não discuto caro Carlos, por isso mesmo deveria ser mais sensível ao facto de você como os outros merecerem atenção e justiça. Pois fosse guerra injusta, inútil e criminosa, ou não o facto é que lá esteve a lutar pelo seu país, e por isso merece que os seus líderes olhem para si como um vero Português e não que o considerem um criminoso.
Não estou a discutir se o Processo foi bem feito, se calhar não foi, mas de facto demoraram 30 anos a reconhecer a justiça de uma causa como é a dos ex-combatentes.
Tirar partido dos sentimentos e frustrações de uma geração que sifreu na pele uma injustiça é um acto indigno.
Contrariamente ao que diz, não defendemos o nosso País, ocupámos o País dos outros.
Quem lá andou deu-se conta disso.
Agora, o governo do meu pais dá-me um "balde de plástico" cheio de m...afinal, os heróis foram os que deram à sola...
Ah, crianças do meu pais, cuidado, agora a GNR vai a casa buscar os meninos que não vão à escola, onde o governo quer...antes, a GNR ía buscar os jovens a casa, prendia-os porque eles não queriam ir para a guerra colonial...
Haja paciência!
Tem toda a razão. Há um enorme egoísmo da minha geração que quer viver à custa dos seus próprios filhos.
Os ex-combatentes estão quase todos com idade para a reforma, que eu saiba só os funcionários públicos teem um tratamento especial, os outros da privada estão lixados.
Felizmente, nós temos o previlégio de ser ex-combatentes, outros infelizmente, ficaram lá por conta de coisa nenhuma...desgraça da minha geração.
Convém também lembrar que a soldadesca colonialista ganhava uns cobres miseráveis, era rídiculo.
E ainda há quem critique a má descolonização, imagine se ela tivesse chegado aos nossos dias.
Pois, mas está enganado. Os ex-combatentes pelo facto de o trem sido beneficiam, se forem funcionários públicos, de um regime especial de aposentação que salvo erro conta a dobrar, o mesmo sucede se eles forem trabalhadores da privada, ou estou enganado ?
Não me parece.
Pois, caro amigo, está enganado, a coisa é bem injusta, para os da função pública, conta a dobrar para os outros não.
Só neste Portugal democrático é que é possível uma coisa destas...