Processo «Apito Dourado»
Afinal não houve qualquer «Apito Dourado», apenas um assobio de madeira que na infância de outros tempos se compravam nas feiras e mercados.
Já ninguém se lembra quem foram os investigadores, o que lhes aconteceu, quem era o Director da PJ e a ministra da Justiça.
Já ninguém se lembra quem foram os investigadores, o que lhes aconteceu, quem era o Director da PJ e a ministra da Justiça.
Comentários
A questão está aqui e não no facto de quem era a ministra da altura, pois a verdade é que foi no tempo dela que as coisas se descobriram e agora já está tudo bem... é o PS, o famoso Nacional Porreirinho! Avante camarada...
Razão tem o esperança em dizer que é um ignorante nas lides futebolisticas... perdeu uma oportunidade de estar calado...
Responder-lhe-ia para onde foram os investigadores transferidos.
A ministra em causa, tal como o actual, nada podem nem devem fazer mas são responsáveis pelo Director da PJ que nomeiam.
Não interessa que questões formais impeçam um meritíssimo juiz de traduzir em penas a moldura penal que corresponde aos crimes.
Há apenas algumas reflexões que urge fazer:
1 – Como pode um partido político deixar um cidadão, demitido da função pública, por roubo, chegar a conselheiro nacional, ser íntimo do primeiro-ministro, ocupar cargos de grande relevo e indigitar para o Governo e outros altos cargos os seus colaboradores.
2 – Como é que foram afastados do processo dois polícias impolutos, Teófilo Santiago (único crachá de ouro da PJ) e Massano de Carvalho, logo acusados de deslealdade pelo director Ataíde das Neves, que a ministra Cardona e Adelino Salvado oportunamente colocaram no Porto.
3 – Como é que a PJ, uma polícia de raro prestígio e eficiência, foi politizada por um Governo sem escrúpulos, competência ou ética.
O resto é a vergonha dos nomes envolvidos, a tristeza de ver chamuscados com o labéu da infâmia altos quadros de um país e atingido o próprio primeiro-ministro de então.
(Já publicado no Ponte Europa)
Temos todos o hábito de jogar pedras sobre os políticos. Em 80% dos casos com razão, mas muitas vezes as generalizações acabam por apanhar gente competente, capaz e impoluta que faz política apenas porque gosta.
Esquecemo-nos vezes e vezes sem conta é que tal como em todas as actividades público-profissionais, na magistratura também há corrupção e incompet~encia. Sou advogado e julgo que não sou mau, pelo menos o número e o tipo de clientes que tenho falam por si.
Vi e vejo todos os dias nas sentenças coisas inexplicáveis, incompreensiveis.
Já alguém parou para pensar que há uma fase crucial no inquérito e na instrução criminal que passa apenas pelas mãos dos senhores procuradores e juizes?
Por exemplo: porque razão os senhores procuradores têm tanto receio em autorizar escutas telefónicas a dirigentes políticos locais em momentos chave, como na altura das campanhas eleitorais?
PERGUNTO: Expliquem-me o sentido deste ordem por favor.
Este comentário, apagado, já está repetido noutro post.
Ou se identifica ou sou obrigado a concluir que é um caluniador medroso e provocador.